10 clássicos do Rock que falam sobre drogas e você nem sabia

Beatles, Ringo Starr, Paul McCartney, George Harrison e John Lennon
Reprodução/Spotify

Por mais clichê que seja definir a cena do rock com a clássica frase “sexo, drogas e rock and roll”, sabemos que muitas lendas do gênero viveram intensamente esse estilo de vida, e boa parte dessas experiências foram expostas em suas músicas.

Chega a ser surpreendente pensar que certos álbuns tenham sido realmente finalizados, devido à quantidade de substâncias que circulavam nos estúdios. Porém, mesmo com os músicos se afundando em vícios, muitos deles conseguiram criar algumas das obras mais marcantes de suas carreiras.

O que talvez nem todos os fãs tenham percebido é que algumas dessas faixas, cantadas a plenos pulmões mundo afora, trazem letras com referências diretas ao uso de drogas que, muitas vezes, foram disfarçadas através de metáforas tão criativas que passaram despercebidas.

A seguir, revisitamos dez músicas que você provavelmente já ouviu diversas vezes sem imaginar que estavam falando sobre drogas!

10 clássicos do Rock que falam sobre drogas e você nem sabia

1. Alice in Chains – “Nutshell”

É difícil não associar a música do Alice in Chains com algum tipo de influência de droga. Apesar do grupo ter lançado algumas faixas um pouco mais pesadas, o sucesso “Nutshell” revela a versão mais honesta de Layne Staley. Na canção, o músico fala abertamente sobre o quanto ele está sofrendo e como tem enfrentado uma batalha perdida contra a heroína.

Além disso, Layne desabafa sobre não ter um lugar para chamar de lar e ainda aponta que provavelmente se sentiria melhor morto do que tendo que continuar com seu consumo de heroína.

2. U2 – “Bad”

Ao longo dos anos 80, “Bad” foi uma música que sempre marcava presença no repertório do U2. Sua letra intensa e sua sonoridade envolvente fez muitos fãs interpretarem a canção como o relato de uma luta pessoal mas, em 1987, durante um show na Suécia, Bono definiu a canção como uma música sobre vício, fazendo um relato emocionante:

“Escrevi a letra sobre um amigo meu; seu nome era Gareth Spaulding, e em seu aniversário de 21 anos, ele e seus amigos decidiram se presentear com heroína suficiente em suas veias para matá-lo.”

Durante um outro show em Chicago, o vocalista apresentou “Bad” como “uma música sobre uma droga chamada heroína que está destruindo nossa cidade, que está destruindo o coração da cidade de Dublin, destruindo o coração da cidade de Chicago”.

3. Beatles – “Got to Get You Into My Life”

Você nem deve saber, mas a discografia dos Beatles traz uma música que retrata um homem que se apaixona por maconha. Estamos falando de “Got to Get You Into My Life”, que segundo o próprio Paul McCartney é uma “ode à maconha”.

Ao falar com o escritor Barry Miles para o livro de 1997, Paul McCartney: Many Years from Now, Macca disse que escreveu a canção “quando tinha sido apresentado à maconha pela primeira vez”. Ele completa:

“Então, ‘Got to Get You Into My Life’ é, na verdade, uma música sobre isso, não é para uma pessoa”.

Sabia dessa?

4. The La’s – “There She Goes”

A carreira da banda inglesa The La’s foi marcada pelo grande hit “There She Goes”, cuja letra traz apenas um icônico refrão repetido com pequenas mudanças ao longo da faixa, que resumidamente traz a seguinte mensagem:

“Lá vai ela / Lá vai ela de novo / Correndo pelo meu cérebro / Pulsando na minha veia / Ninguém mais pode curar minha dor”

É difícil acreditar que a música não fale sobre a heroína, apesar dos integrantes da banda terem negado essa teoria sempre que questionados. Ainda assim, a canção foi uma pedra fundamental do Britpop, sendo lançada alguns anos antes do movimento explodir de vez e transformando a banda de Liverpool em uma influência enorme para quem viria a seguir.

5. Elliott Smith – “Needle in the Hay”

O álbum homônimo de Elliott Smith, lançado em 1995, pode não ter sido um sucesso comercial, mas foi o trabalho mais sombrio lançado pelo artista com suas faixas acústicas lo-fi e vocais que lembravam sussurros.

A música de abertura “Needle in the Hay”, que se traduz para algo como “Agulha No Palheiro”, mostra parte da vulnerabilidade de Smith ao fazer referências a marcas de heroína, como ele canta em um trecho da música: “Você devia estar orgulhoso que estou ganhando boas marcas”.

⁠6. Fleetwood Mac – “Gold Dust Woman”

O consumo excessivo de drogas do Fleetwood Mac em determinado momento da sua carreira acabou refletindo em seu décimo primeiro disco de estúdio, o lendário Rumours.

Certa vez, Courtney Love questionou Stevie Nicks sobre a composição de “Gold Dust Woman” e a artista disse que não conseguia se lembrar dos detalhes sobre o processo de criação da faixa:

“É estranho que eu não tenha tanta certeza. Não pode ser tudo sobre cocaína”.

Será? Bom, pelo menos em parte parece ser…

7. MGMT – “Time to Pretend”

A banda indie americana MGMT, comandada por Andrew VanWyngarden e Benjamin Goldwasser, certa vez explicou que sua música “Time to Pretend” havia sido inspirada por um louva-a-deus que eles tinham em casa e que gostava de dançar The Clash.

Quanto à letra, no entanto, a banda apontou que eles retrataram o que significava ser um astro do rock e levar essa vida de rockstar de acordo com a imaginação deles. Por conta disso, é possível encontrar na faixa diversas referências ao uso de heroína, relações sexuais e muito mais.

8. The Rolling Stones – “Dead Flowers”

O que não faltou na discografia dos Rolling Stones foram músicas sobre drogas, com destaque para “Mother’s Little Helper”, “Brown Sugar”, “Sister Morphine” e “Monkey Man”, todas essas deixando bem claros os seus temas principais.

No entanto, talvez uma que seja um pouco menos óbvia é a faixa “Dead Flowers”, que apresenta elementos country e foi lançada no disco Sticky Fingers em 1971. Sua letra apresenta referências à heroína, como no refrão “Take me down, little Susie” – aqui, “Susie” é uma metáfora para a droga depressora, que irá “levá-lo para baixo”.

9. Rush – “A Passage to Bangkok”

O Rush ficou mais conhecido por abordar temas mais profundos do que as letras comuns encontradas em clássicos do Rock. Porém, a banda decidiu se arriscar um pouco em “A Passage to Bangkok”, que integrou o disco 2112, lançado em 1976.

Apesar do início da canção parecer com qualquer outra música do Rush, com Neil Peart falando sobre a banda viajar por diferentes regiões do mundo em busca de novos cenários, a faixa se tratava de outro tipo de viagem – neste caso, em busca da maconha perfeita.

10. Metallica – “The House Jack Built”

Após o sucesso explosivo do Black Album, o Metallica começou a explorar outras vertentes, se aprofundando mais no hard rock e na cena alternativa do que no thrash pelo qual eram conhecidos. Junto com essa mudança, James Hetfield também passou a expor mais seus próprios demônios interiores.

No sexto disco de estúdio do grupo, Load, James aborda sua dependência alcoólica na intensa “The House Jack Built”, demonstrando um certo medo e refletindo sobre como esse vício pode estar controlando sua vida.

A faixa que começa lenta e mais suave vai se transformando em algo profundo e assustador conforme James vai dividindo seus pensamentos, o que também ajuda a criar o clima para falar sobre um assunto tenso.

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Lara Teixeira

10 clássicos do Rock que falam sobre drogas e você nem sabia


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