10 declarações polêmicas de Roger Waters sobre bandas e artistas

Roger Waters, do Pink Floyd
Divulgação

Roger Waters poderia ser lembrado apenas por sua excelência musical e por ter contribuído com obras aclamadas e inovadoras como The Dark Side of the Moon (1973) e The Wall (1979), mas o ex-Pink Floyd sempre demonstrou um ego à altura de seu legado.

O músico veterano já provou diversas vezes que não tem problema nenhum em compartilhar suas opiniões afiadas sobre seus colegas de profissão, e isso serve tanto para seus contemporâneos como para artistas de outras gerações.

Apesar de ser compreensível o desdém por alguns de seus ex-companheiros de banda e pioneiros do punk, que também não escondiam sua aversão pelo Pink Floyd, outras observações soam mais provocativas, podendo refletir até em inveja ou ignorância em alguns momentos. Além disso, ao criticar artistas mais novos que dominam as paradas na era moderna, Waters passa a impressão de que está apenas tentando se manter relevante.

Tentando exemplificar algumas das falas polêmicas do artista, o portal Far Out reuniu alguns momentos em que Roger Waters fez críticas a outros músicos ao longo de sua carreira. Confira abaixo!

10 declarações polêmicas de Roger Waters sobre bandas e artistas

Black Sabbath

Após o falecimento de Ozzy Osbourne em 22 de julho, o cantor e sua lendária banda Black Sabbath se tornaram os assuntos mais comentados do mundo da música por um bom tempo. Enquanto eles recebiam diversas homenagens e reconhecimentos, Roger Waters foi por uma direção completamente oposta, compartilhando comentários infelizes sobre os pioneiros do Heavy Metal.

Ele declarou:

“Ozzy Osbourne, que acabou de morrer, Deus o abençoe em qualquer que seja o estado em que ele esteve durante toda a sua vida. Nunca saberemos. A música, eu não tenho ideia. Eu não dou a mínima. Não me importo com o Black Sabbath, nunca me importei. Não tenho interesse em morder cabeças de galinhas ou seja lá o que eles fazem. Eu não dou a mínima, sabe.”

Sex Pistols

O desafeto entre Roger Waters e o Sex Pistols foi algo bastante recíproco. Enquanto o ex-líder da influente banda punk John Lydon usava camisetas com a frase “eu odeio Pink Floyd”, Waters não escondia sua opinião sobre a carreira do grupo. Certa vez, ele disse:

“Os Sex Pistols só estavam tentando fazer barulho. Era tão claramente artificial. Sabe, eles eram gerenciados por um cara que tinha uma loja de roupas ridículas e aí um deles morreu, então você tem aquela coisa icônica que perdura. Se alguém morre, é sempre bom. Exceto para ele, obviamente, e sua mãe e seu pai, e [sua namorada] Nancy; mas para todos os outros, é brilhante.”

Pink Floyd

Apesar de ter sido integrante do Pink Floyd e ter vivido momentos marcantes de sua carreira como integrante da banda, Waters também fez muitas críticas ao grupo britânico.

Após a saída de Roger, o Pink Floyd continuou lançando novos trabalhos que não convenceram Waters. Ele apontou que sentia pena dos fãs que ainda acompanhavam o grupo, pois as músicas lançadas eram uma sombra do que a banda conquistou quando ele estava à frente da força criativa que os impulsionou:

“Com todo o respeito às pessoas que saíram e compraram esses discos, eles são simplesmente lixo, particularmente ‘The Division Bell’; é simplesmente um absurdo do começo ao fim.”

Van Halen

O Van Halen conquistou uma legião de fãs que ficaram impressionados com a técnica chamada “tapping”, usada pelo lendário e saudoso guitarrista Eddie Van Halen e que foi eternizada na música instrumental “Eruption”, parte do disco de estreia homônimo lançado pelo grupo em 1978. Mas Roger Waters não entrou para esse fã-clube.

O músico veterano disse ter achado a banda sem alma e admitiu não ter nenhum interesse pelas músicas lançadas pelo grupo de Eddie. “Obviamente eu conheço o nome”, disse Waters ao falar sobre o Van Halen, “e tenho certeza de que Eddie é brilhante, um ótimo guitarrista e maravilhoso”. No entanto, ele cravou:

“Simplesmente não me interessa.”

Roger ainda afirmou que não se sente atraído por bandas que fazem rock de maneira mais simples e apontou que a música deveria provocar algo a mais, pois “há coisas acontecendo aqui que são fundamentalmente importantes para a vida de todos nós”.

U2

Roger Waters ficou extremamente incomodado com o fato do U2 ter criticado abertamente o décimo primeiro disco do Pink Floyd, The Wall, lançado em 1979. Ao comentar o assunto, o músico deixou claro seu desafeto pela banda liderada por Bono:

“Lembro-me de quando fizemos ‘The Wall’, sendo criticados pelo Bono. O U2 é uma banda muito jovem, e eles dizem [com um sotaque irlandês]: ‘Ah, não suportamos toda essa bobagem teatral que o Pink Floyd faz. Nós apenas tocamos nossa música e as canções [falam por] si mesmas e blá, blá, blá’.”

Waters discordou dos posicionamentos do U2 e mostrou ter ficado ainda mais irritado com o fato do grupo ter tentado imitar suas canções mesmo depois de ter falado mal das músicas lançadas pelo PF:

“Tudo o que eles fizeram pelo resto da carreira foi copiar o que eu vinha fazendo e continuo fazendo. Então, boa sorte para eles, mas que monte de besteira. Se você os liderar, as pessoas os seguirão.”

David Gilmour

A contribuição de David Gilmour e Roger Waters para a história do rock é indiscutível, principalmente quando estamos falando das músicas que eles criaram juntos na época do Pink Floyd. Mas, apesar deles terem ajudado a moldar o rock progressivo, as diferenças criativas com o passar dos anos tomaram conta dos bastidores, fazendo Waters deixar o grupo.

Após a saída do vocalista e baixista, Gilmour continuou trabalhando com o PF e isso deixou Waters extremamente irritado, desencadeando uma longa batalha judicial entre os dois. A partir dali, Roger nunca economizou nas palavras ao criticar seu ex-companheiro de banda. Em uma das vezes, ele resumiu a treta:

“Acho que [Gilmour] pensa que, porque eu saí da banda em 1985, [ele] é dono do Pink Floyd, que ele é o Pink Floyd e eu sou irrelevante, e que eu deveria ficar de boca fechada.”

Drake

Alguns músicos da nova geração e de outras vertentes como o rap e o pop parecem não agradar muito o veterano. Roger Waters certa vez foi bastante frio ao ser questionado sobre Drake e, ao comparar sua carreira com a do rapper, ele deduziu que o que ele fez com o Pink Floyd foi bem mais relevante:

“Com todo o respeito ao Weeknd ou Drake ou qualquer um deles, sou muito, muito, muito mais importante do que qualquer um deles jamais será, não importa quantos bilhões de streams eles tenham.”

The Weeknd

Como falamos acima, The Weeknd também entrou para a lista de artistas que já estiveram em comentários polêmicos de Waters. Ao falar sobre o músico canadense, ele disse que não se importava com a quantidade de streams de artistas como ele e declarou:

“Não tenho ideia do que ou quem é o Weeknd. As pessoas me disseram que ele é um grande artista.”

AC/DC

O AC/DC pode até dividir opiniões, mas muitas pessoas se tornaram fãs do grupo por sua autenticidade e sua dedicação fiel ao hard rock. Mesmo tendo se tornado um dos grupos mais influentes do rock, com os riffs icônicos e estilo inconfundível de Angus Young e os vocais marcantes de Brian Johnson, que contribuem para o som cru e energético da banda, Roger Waters não sente tanta admiração assim pelo grupo:

“Não estou interessado na maioria das músicas populares. [Não estou] realmente interessado em rock ‘n’ roll barulhento— o que algumas pessoas estão, e elas adoram, mas eu não dou a mínima para AC/DC ou Eddie Van Halen ou qualquer coisa assim.”

Syd Barrett

Roger Waters pode não ter falado diretamente de Syd Barrett, seu antigo companheiro do Pink Floyd, mas fez alguns comentários polêmicos sobre a era da banda em que Barrett assumia a direção criativa do grupo.

Após a saída de Barrett do Pink Floyd e depois de ter começado a se dedicar a albuns conceituais e mais complexos, Waters fez algumas críticas as primeiros trabalhos do grupo e às composições experimentais de Syd, referenciando o álbum Piper at the Gates of Dawn:

“Não quero voltar àqueles tempos de jeito nenhum. Não havia nada de ‘grandioso’ nele. Éramos ridículos. Éramos inúteis. Não conseguíamos tocar nada, então tivemos que fazer algo estúpido e ‘experimental’.”

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Lara Teixeira

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