5 bandas que odiaram discos feitos por elas mesmas

Nem todo disco lançado por uma banda ou um artista se torna motivo de celebração. Apesar de não ser algo visto com tanta frequência, há relatos de diversas situações em que artistas ficaram insatisfeitos com os resultados de determinadas obras que acabaram sendo divulgadas mesmo assim.

Enquanto para os fãs cada lançamento pode parecer um marco na carreira de seus ídolos, para os próprios músicos, alguns trabalhos acabam não trazendo boas memórias. Às vezes, a frustração pode surgir de questões técnicas, como uma produção que não ficou como deveria ou escolhas de elementos sonoros que no final não agradaram os artistas. Em outros casos, o problema pode estar relacionado a momentos pessoais, vícios, e até à recepção do público, que não foi como o artista esperava.

Também é interessante notar que alguns discos rejeitados por seus próprios criadores muitas vezes são altamente elogiados pela crítica ou atingiram sucesso comercial. A seguir, confira uma lista reunida pela Far Out com cinco bandas que não ficaram satisfeitas com trabalhos famosos de suas carreiras!

5 bandas que odiavam seus próprios álbuns

U2 – Pop

Até mesmo bandas influentes do Rock como o U2 são capazes de lançar um disco considerado um fracasso. A obra em questão foi o seu nono álbum de estúdio, Pop, lançado em 1997. O disco deu sequência ao processo de reinvenção da banda nos anos 1990, quando eles conseguiram seguir uma nova direção musical combinando influências de rock alternativo, techno, dance e eletrônica.

Ao mesmo tempo em que algumas músicas funcionavam, como “Discotheque”, que apresentava um groove sólido, outras pareciam uma junção de barulhos que não fazia muito sentido. Além disso, a voz de Bono foi abafada pelas camadas de distorção que acompanhavam as músicas, e o próprio U2 já se mostrou pouco fã do álbum.

Stevie Nicks – Street Angel

Stevie Nicks enfrentou a difícil missão de conciliar os compromissos com o Fleetwood Mac e uma carreira solo bem-sucedida. Até a tumultuada saída de Lindsey Buckingham do grupo, parecia que tudo corria bem para eles durante a maior parte da década de 1980. Porém, foi em seu quinto disco solo, Street Angel, que a cantora deixou transparecer que não estava bem.

Após um período longe da cocaína, Nicks desenvolveu um vício intenso em remédios controlados, uma fase que ela própria viria a desprezar mais tarde. Street Angel até apresentou alguns materiais interessantes, como sua cover de “Just Like a Woman”, de Bob Dylan, mas, no geral, a obra estava longe do mesmo nível que a artista conseguia alcançar e que consagrou trabalhos como seu disco de estreia solo, Bella Donna.

A versão encantadora de Stevie ainda parecia existir, mas sua dificuldade em libertar aquele lado místico de si mesma indicou a todos que algo tinha mudado, e não foi para melhor.

Nirvana – Nevermind

Nevermind, do Nirvana, é um dos discos mais importantes da história do rock, mas o saudoso Kurt Cobain tinha sentimentos complexos em relação ao álbum lançado em 1991. Em algumas declarações à imprensa, o vocalista chegou a criticar diferentes aspectos da obra, chegando a dizer que tinha vergonha da produção do disco e a descrever o álbum como “muito doce”.

Além disso, Cobain declarou diversas vezes sua aversão pelo hit “Smells Like Teen Spirit”. O reconhecimento mundial e o sucesso explosivo da música não eram o que ele gostaria e, em uma ocasião, ele declarou:

“Eu literalmente quero jogar minha guitarra no chão e ir embora quando chega a hora de tocar ‘Smells Like Teen Spirit’. Não consigo fingir que estou me divertindo”.

O músico ainda acreditava que a música em questão desviou a atenção das outras faixas de Nevermind, que seriam melhores em sua opinião. Complicado!

Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band

Apesar de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band ser considerado por muitos fãs como uma das obras mais emblemáticas dos Beatles, a admiração pelo álbum entre os integrantes da banda não foi unânime. Enquanto Paul McCartney defendia a obra como um marco criativo, John Lennon o via como um disco superestimado, e Ringo Starr o considerava um processo cansativo de gravação.

Lennon nunca escondeu sua insatisfação com o disco, considerando-o mais uma ideia de Paul McCartney do que um esforço coletivo. Além de criticar a abordagem conceitual do álbum, que ficou marcado pelo som experimental e psicodélico, John também discordou do domínio de McCartney na produção. Já Ringo declarou certa vez que se sentiu praticamente um músico contratado durante a produção do álbum:

“Nunca gostei muito de Sgt. Pepper. Quer dizer, acho que é um bom álbum. Mas me senti como um músico contratado. Passávamos dias no estúdio, com muitas cordas e metais sendo adicionados, e eu apenas esperava enquanto eles faziam os overdubs.”

Difícil agradar todo mundo, né?

Steely Dan – Katy Lied

A banda Steely Dan ficou conhecida por entregar aos fãs discos de alta qualidade, e justamente por isso o grupo fez questão de se desculpar ao lançar um disco que não atingiu o padrão que estabelecido por eles.

Katy Lied, lançado em 1975, tem ótimas composições de Walter Becker e Donald Fagen, mas a banda não ficou satisfeita com sua mixagem original. Eles até poderiam ter consertado determinadas partes mas, como o álbum já estava pronto para ser lançado, a dupla decidiu incluir uma declaração no encarte do disco se desculpando pela mixagem final do disco.

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