Por que “Chop Suey!”, do System of a Down, é uma obra-prima do caos organizado
Se você viveu os anos 2000 (ou apenas os últimos meses aqui no Brasil), com certeza já ouviu “Chop Suey!”, do System of a Down, e tentou cantar a famosa frase de abertura: “Wake up! Grab a brush and put a little makeup!”.
A música mais famosa da banda, lançada no disco Toxicity (2001), foi analisada, passo a passo, pela Drumeo no YouTube. O canal especializado em bateria deixou clara a genialidade por trás dessa canção tão emblemática e que continua sendo um hit até hoje, além de destacar a participação de cada membro na composição desse hino.
A história começa dentro do trailer que o grupo usava para viajar em turnê, nas mãos de Daron Malakian. Enquanto o guitarrista dedilhava seu violão, o riff que abre a canção surgiu. Em uma entrevista destacada no vídeo, ele reflete:
Me deixa muito orgulhoso saber que o que fazemos ainda se mantém e que as pessoas ainda se conectam com isso. Mas é engraçado que essa pequena música, surgida em um momento menor ainda naquele trailer, se tornou essa coisa que as pessoas não conseguem se imaginar vivendo sem. Isso é especial pra mim.
E é claro, não dá para falar em “Chop Suey!” sem destacar sua letra, escrita por Serj Tankian. Quando chegou à ponte da canção, o vocalista já não tinha mais palavras para usar ali. Foi então que Rick Rubin, que produziu o disco, deu a ideia: pegue um livro na estante do estúdio e use a primeira frase que encontrar.
E nasceu, então:
Father, into your hands / I commend my spirit / Father, into your hands / Why have you forsaken me? / In your eyes, forsaken me / In your thoughts, forsaken me / In your heart, forsaken me (Pai, em suas mãos / Eu entrego meu espírito / Pai, em suas mãos / Por que você me abandonou? / Em seus olhos, me abandonou, / Em seus pensamentos, me abandonou, / Em seu coração, me abandonou)
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As polêmicas em torno de “Chop Suey!”
No começo, o System of a Down apelidou a canção de “Suicide” (Suicídio), mas foi barrado pela gravadora que queria evitar problemas. Então, brincando com as palavras, surgiu a ideia de “Chop Suey!” — “suey” representando “suicídio”, e “chop” (cortado) fazendo alusão à palavra cortada ao meio. Genial, né?
Mas as polêmicas não terminaram por aí. Uma semana após o lançamento de Toxicity, o mundo assistia, atônito, aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. A música chegou a entrar na lista proibida da Clear Channel, emissora de rádio, por seu conteúdo considerado “sensível”, o que a transformou em um hino quase clandestino, inflamado também pela mensagem da banda.
John Dolmayan: o mestre do caos rítmico
Além de seu vocal e riffs insanos, boa parte da genialidade de “Chop Suey!” está nas mãos (literalmente) de John Dolmayan.
No vídeo, a Drumeo destaca a todo momento como o baterista evita o óbvio, brincando com o tempo da canção, misturando estilos e mais. Brandon Toews, que apresenta o mini documentário, diz:
A bateria do John é tão, tão criativa. Essa música é um ótimo exemplo onde às vezes é um dois e um quatro, às vezes é um meio-tempo, às vezes é um tempo dobrado e, sabe, ele está sempre mudando. É tão imprevisível.
Legado eterno do System of a Down
“Chop Suey!” segue mais que viva e já registra mais de um bilhão de streams. Nos shows da banda, que inclusive passou recentemente pelo Brasil, a faixa é figurinha carimbada e não pode faltar na playlist de nenhum fã.
A gente também ama! Confira o vídeo da Drumeo abaixo.
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Stephanie Hahne
Por que “Chop Suey!”, do System of a Down, é uma obra-prima do caos organizado
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