O disco do Pearl Jam que foi um “inferno pessoal” para Eddie Vedder
Quando preparava seu sexto álbum de estúdio bem na virada para o século 21, o Pearl Jam vivia um momento difícil com a saída do baterista Jack Irons e o guitarrista Mike McCready enfrentando problemas de saúde – e o período também foi complicado para Eddie Vedder.
O grupo buscou um novo produtor para ajudar no som de Binaural (2000), que como o título diz, usou uma técnica inovadora para a época. A gravação binaural utiliza dois microfones para criar uma sensação de som em 3D, que inclusive ajuda a combater a ansiedade, como te contamos nesta matéria.
Só que o vocalista do Pearl Jam vivia um bloqueio criativo na época, e precisou reescrever as letras de hits como “Nothing as It Seems”, “Light Years” e “Insignificance” várias vezes antes de encontrar a versão ideal.
Em entrevista ao portal NYRock na época do lançamento, Vedder disse que essa busca pelos melhores versos foi como um “inferno pessoal” para ele (via Loudersound):
“Eu quase fiquei louco. Eu ficava mudando as letras sem parar, tentando novas versões. No fim, com várias letras na mão, eu gravava a que funcionava melhor no momento. Até que funcionou bem, mas eu jamais achei que fosse dar certo, que a gente fosse conseguir terminar o disco. Foi um inferno pessoal para mim.
No fim foi divertido, mas ao mesmo tempo aquela confusão de letras estava destruindo a minha cabeça. Eu ainda não acredito que acabou, que finalizamos esse álbum”.
Eddie Vedder “comparava” letras do Pearl Jam com as do The Who
Em outras entrevistas nos anos 2000, Eddie Vedder revelou que o motivo desse bloqueio criativo foi a autocomparação com letras de outros músicos, especialmente com as músicas que Pete Townshend escreveu para o The Who.
Na época de Binaural, Vedder tinha a mesma idade que Townshend tinha quando lançou o clássico Tommy (1969), e isso fazia com que ele se sentisse “menos bom” que seu ídolo. Dá pra acreditar?!
Em tempo, o Pearl Jam iniciou agora no mês de abril a sua turnê de 2025 com shows pelos Estados Unidos, misturando sucessos da carreira e faixas do álbum mais recente, Dark Matter (2024). Confira como foi o show de estreia na matéria em destaque abaixo!
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Rafael Teixeira
O disco do Pearl Jam que foi um “inferno pessoal” para Eddie Vedder
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