ROHMA encara o selvagem em “A Loba”, novo clipe sombrio e visceral
Misturando samba experimental, cinema noir e mitologia romana, ROHMA está de volta com um novo clipe.
Por trás da estética sofisticada e dos arranjos densos de “A Loba”, faixa presente no EP Tábula Rasa, o artista italiano radicado no Brasil entrega um mergulho profundo nas camadas do instinto, do desejo e da multiplicidade. O clipe da canção, lançado no dia 5 de junho, é quase uma performance ritualística, gravada entre corredores vazios e paisagens noturnas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lugar onde o próprio artista também atua como professor.
“A música me desafiou. É instintiva e bruta, algo que nunca explorei tão intensamente. Transformou-se no coração do projeto”, conta ROHMA sobre a composição de Laura Diaz (Teto Preto), SZTU e Thiago Nassif. Com produção assinada por Pedro Sá e SZTU, a faixa se reinventa como um samba sombrio e hipnótico, pulsando entre metais de Maria Beraldo, percussões de Bica Tocalino e beats eletrônicos de Entropia.
A loba voltou e me arrastou até um quarto escuro. Mas o final não é um reencontro, e sim a multiplicação de todos: vida real, sonho ou pesadelo?
Dirigido por Bruno Ropelato, o clipe carrega referências visuais que vão do cinema noir ao neorrealismo italiano, com pitadas de Hitchcock e Pasolini. Em cena, ROHMA caminha por lugares vazios — uma jornada pela noite da cidade que representa, também, uma travessia interna. A loba, símbolo mitológico da fundação de Roma, reaparece como metáfora de um renascimento. “Tudo o que me representa está neste clipe, que encerra um ciclo”, revela o artista.
Tábula Rasa
Lançado em fevereiro, o EP combina músicas inéditas e reinterpretações de faixas antigas sob uma ótica mais íntima e artesanal. A edição física tem duas versões, a tradicional e uma ultra limitada, que contou com apenas 30 unidades e é um objeto de arte: cada cópia traz um encarte de luxo, obras visuais exclusivas e textos inéditos. O projeto nasceu em 2022, durante um intercâmbio criativo entre ROHMA, as artistas italianas Silva Cavalli Felci e Maura Cantamessa e a terapeuta junguiana Sonia Giorgi, em Bérgamo.
“Este EP é sobre criar algo que dure, que vá além do consumo rápido e fluido das plataformas digitais. É uma forma de fixar a excelência dos artistas envolvidos em um formato mais palpável e significativo”, explica ROHMA sobre o trabalho.
É possível adquirir uma cópia através da DM do Instagram do artista, clicando aqui.
ROHMA, entre o erudito e o pop underground
Compositor, poeta e performer nascido na Itália e radicado no Brasil há duas décadas, o artista trafega com naturalidade entre o experimental e o pop, o político e o autobiográfico, o masculino e o feminino. Já colaborou com nomes como Letrux, Jonas Sá, Teto Preto e Pedro Sá, e seus trabalhos transitam de festivais alternativos a espaços consagrados da cena cultural brasileira e europeia.
Assista ao clipe de “A Loba” e ouça o EP Tábula Rasa logo abaixo!
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Stephanie Hahne
ROHMA encara o selvagem em “A Loba”, novo clipe sombrio e visceral
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