Genial: artista cria músicas ruins para alimentar IA do SoundCloud

A Inteligência Artificial na indústria da música é um assunto que continua dando o que falar e, recentemente, um artista decidiu sabotar um recurso que supostamente estava sendo usado pelo SoundCloud.

Através de sua conta do Instagram, um artista chamado MattstaGraham, compartilhou um vídeo falando sobre uma possível estratégia que a plataforma de música estaria usando para treinar sua IA:

“Então, aparentemente, o SoundCloud vem alimentando um algoritmo de IA com dados de artistas desde 2024. Então, você sabe o que isso significa? Agora é nossa responsabilidade social fazer o máximo de música ruim possível e enviá-la para o SoundCloud.”

Em seguida, o músico revelou ter criado um novo projeto intitulado “Enviando músicas ruins para o SoundCloud para confundir seu algoritmo de IA”.

No vídeo, ele mostra aos seguidores o trecho de uma das faixas criadas, que se resume a uma composição sobre “beber xixi” acompanhada por um ritmo propositalmente caótico e sem harmonia nenhuma, como você pode ver ao final da matéria.

O vídeo foi publicado por MattstaGraham em 9 de maio e, ao que tudo indica, alguns dias depois o SoundCloud alterou suas diretrizes por conta da indignação dos artistas. Deu resultado, né?

SoundCloud altera políticas envolvendo IA

De acordo com uma matéria publicada no dia 14 de maio no site Futurism, uma carta do CEO do SoundCloud informou que a plataforma alterou suas políticas e passou a exigir uma assinatura voluntária para treinar modelos de IA generativos com músicas de artistas após a reação dos usuários.

O mesmo portal havia informado que o SoundCloud havia atualizado discretamente seus Termos de Uso em fevereiro de 2024, com uma linguagem que lhe permitia treinar IA usando o conteúdo enviado pelos usuários, o que poderia incluir músicas submetidas à plataforma.

Em resposta às cobranças dos usuários, a plataforma explicou que, apesar da linguagem abrangente do termo, ele não havia usado músicas de artistas reais para treinar modelos de IA. Isso incluía ferramentas de IA generativas, como modelos de linguagem de grande porte (LLMs) e ferramentas de geração de música, de acordo com o SoundCloud.

Na carta, o CEO Eliah Seton admitiu que a linguagem do SoundCloud em relação ao treinamento de IA era “muito ampla” e, para corrigir isso, a empresa revisou seus termos de uso, que agora proíbem o SoundCloud de usar músicas de artistas reais para “treinar modelos generativos de IA que visem replicar ou sintetizar sua voz, música ou imagem” sem o consentimento explícito dos artistas.

Bem melhor assim!

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Lara Teixeira

Genial: artista cria músicas ruins para alimentar IA do SoundCloud

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