Gabriel Aragão explica ao TMDQA! por que o Rock ganhou destaque em “Y”, novo disco do Selvagens à Procura de Lei

Créditos: Igor de Melo

O Selvagens à Procura de Lei dá início a uma nova fase de sua trajetória com o lançamento do álbum Y, que marca o recomeço da banda após uma ruptura.

Após alguns meses de tensão, o vocalista, guitarrista e compositor Gabriel Aragão precisou reunir novos companheiros para dar continuidade ao trabalho do grupo cearense. Assim, se juntou aos músicos Matheus Brasil, Jonas Rio e Plínio Câmara, nomes já conhecidos da cena musical de Fortaleza e que cresceram como fãs da própria banda.

Em entrevista exclusiva ao TMDQA!, Gabriel compartilhou detalhes dos bastidores do processo de criação do disco que representa uma verdadeira transição para o Selvagens, tanto em formação quanto em sonoridade.

Y é um trabalho que surgiu do impulso de continuar fazendo música mesmo diante da dor e ainda marca o reencontro do grupo com suas raízes no Rock. Sobre apresentar um som mais pesado no novo trabalho, Aragão explicou:

“Eu estava com muita saudade de fazer rock. Mas não foi no sentido assim ‘cara, acho que vou fazer um disco pra ser bem parecido com os primeiros trabalhos de Selvagens, pra pegar aquela fanbase’. Nada disso, nem por um segundo passou na minha cabeça.

Na verdade, foi assim, eu tinha duas escolhas em determinado momento: ou eu entrava em depressão com essa ruptura que teve na banda, ou eu voltava a fazer música. E os sentimentos que estavam dentro de mim eram raiva, sensação de ser traído e tristeza. E tudo isso eu quis botar pra fora, com a melhor maneira de me expressar. […] O que eu sei fazer? Eu sei fazer rock. E aí, por esse motivo, saiu rock, saiu grito, saiu guitarra alta, bateria alta.”

Na conversa, o vocalista do Selvagens também apontou quais são suas três músicas preferidas do disco neste momento e ainda revelou os álbuns que o acompanharam durante o processo de criação.

Além disso, Gabriel Aragão expressou sua felicidade com os ensaios da turnê do Selvagens à Procura de Lei, que começou no dia 15 de maio, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e já tem datas agendadas ao redor do Brasil.

Você pode conferir o papo na íntegra logo abaixo e ler todos os detalhes da nossa avaliação do disco — que consideramos um dos melhores lançamentos nacionais do ano — clicando aqui.

TMDQA! Entrevista Gabriel Aragão (Selvagens)

TMDQA!: Vocês fizeram uma audição do novo álbum essa semana, quero saber como foi a recepção de quem estava ali ouvindo e como tá sua expectativa pra colocar esse disco no mundo?

Gabriel: Nossa, foi tão legal a audição! A gente nunca tinha feito um trabalho assim. Junto com os fãs e a imprensa. E a gente se reuniu ali na terça-feira, aqui em Fortaleza. Mais ou menos umas 30 pessoas, bem privê. Mas também acho que é como deve ser. E foi muito legal poder ouvir o disco e ver a reação da galera em determinadas faixas. Tiveram faixas em que a galera ficou realmente emocionada, já em outras, com mais rock, a galera terminou batendo palma. Então, foi muito bom ver isso. Hoje em dia, a gente vê muito react no YouTube, mas ver um react ali, ao vivo, na sua frente, é muito gostoso.

A expectativa tá muito boa pro lançamento do disco. Eu acho que é um disco super sincero. E eu sempre acreditei nesse tipo de trabalho. Você sente. Antes de lançar eu já estava “Putz, isso aqui eu acho que vai dar bom, cara”. É uma coisa na base da intuição mesmo.

TMDQA!: Com a entrada dos novos integrantes e o lançamento do novo álbum, dá pra dizer que o Selvagens está vivendo uma espécie de renascimento ou você considera só uma continuação da jornada?

Gabriel: Acho que um pouco dos dois. É um renascimento no sentido de, obviamente, houve uma ruptura muito grande e um susto que caiu no colo dos fãs e no meu também. Foi assustador não só pros fãs, mas pra mim também. Fiquei sem perspectiva de saber se a banda ia continuar ou não. Mas como eu que montei a banda, aos poucos eu falei “cara, vou levar de maneira natural”. E enquanto eu fui compondo o disco e eu me vi fazendo o disco do Selvagens, eu disse “acho que isso aqui tem a cara da banda e tal”. Então, foi um processo muito rápido, na verdade. De composição, gravação e formação. A nova formação da banda foi de agosto a dezembro. Então, nesse sentido, sim, é um renascimento da banda. Eu acho que isso é um disco de transição. Ao mesmo tempo, é uma continuidade, porque eu acho que, pra quem é fora de Fortaleza, talvez não sinta o mesmo. Mas pra galera daqui, os novos integrantes já são fãs da banda de longa data e já vêm de outras bandas também. Então, permanece essa ideia de ser uma banda de rock de Fortaleza.

O Plínio Câmara, que entrou na guitarra, vem de uma banda chamada Casa de Velho. Uma banda que foi fundada por ele e pelo Mateus, que hoje em dia é o Mateus Fazeno Rock. Então, ele vem dessa galera aí. O Matheus Brasil, que assumiu a bateria do Selvagens, vem de uma banda chamada Projeto Rivera. E a gente já tocou junto com todas essas bandas. Selvagens e Casa de Velho, Selvagens e Projeto Rivera. E o Jonas Rio, que assumiu o baixo, ele vem de uma banda chamada Left Inside. Que, apesar de não ter tido os contornos na história mais conhecida como banda autoral, ele é um cara que toca demais na cena aqui em Fortaleza e se você for músico, você já viu o Jonas tocando aqui em Fortaleza. E a gente depois foi conversando e tivemos o Selvagens e a banda original dele, Left Inside, tocando junto no começo das bandas.

TMDQA!: Você tem chamado bastante atenção para o Rock presente no novo disco. Eu queria saber como esse retorno às raízes do rock se manifesta nas faixas do novo álbum, tanto em som quanto em atitude?

Gabriel: Pois é, tem uma coisa assim que não foi por um motivo nostálgico. Eu estava com muita saudade de fazer rock. Mas não foi no sentido assim “cara, acho que vou fazer um disco pra ser bem parecido com os primeiros trabalhos de Selvagens, pra pegar aquela fanbase”. Nada disso, nem por um segundo passou na minha cabeça. Na verdade, foi assim, eu tinha duas escolhas em determinado momento: ou eu entrava em depressão com essa ruptura que teve na banda, ou eu voltava a fazer música. E os sentimentos que estavam dentro de mim eram raiva, sensação de ser traído e tristeza. E tudo isso eu quis botar pra fora, com a melhor maneira de me expressar. Em vez de ser uma carreira solo, uma carreira rebuscada, sei lá o quê… eu quero sentar pra tocar violão e sair da maneira mais natural. O que eu sei fazer? Eu sei fazer rock. E aí, por esse motivo, saiu rock, saiu grito, saiu guitarra alta, bateria alta. E eu também estava com muita saudade de fazer esse som, mas foi uma coisa menos pensada e muito mais natural.

TMDQA!: Queria saber um pouco mais sobre os convidados do disco. Vocês gravaram “Quando Eu Me Encontrar” com a Vivendo do Ócio e a música “Pessoas Invisíveis” com a Nayra Costa. O que te motivou a fazer colaborações com esses artistas nesse disco e nessas músicas?

Gabriel: Como eu te disse, eu estava compondo entre agosto/gravando e formando a nova banda. A minha concepção, quando eu montei o Selvagens, sempre foi uma banda um pouco Beatles, com muita gente colaborando, os vocalistas, e também meio Titãs. Eu adoro aqueles gritos dos Titãs, todo mundo em uníssono, né? Então, quando eu me vi meio que sozinho, assim, eu pensei “preciso remontar essa banda e preciso chamar a galera da música aqui pra chegar comigo em vários coros”.

Aí a Nayra, maravilhosa, já tinha participado de vários shows do Selvagens, shows solo meu, eu convidei ela, e ela cantou não só em “Pessoas Invisíveis”, mas fez outros vocais também. Na faixa “Antes de Nascer” também tem a Nária, por exemplo.

Vivendo do Ócio, maravilhosa! Vivendo do Ócio foi a banda que ajudou muito a gente, quando o Selvagens estava indo pra São Paulo pelas primeiras vezes. A gente conversou muito, eles deram muita força, assim “Cara, continua a banda, bicho! Essa música tá foda” e eu chamei eles e eles toparam, assim, sem pestanejar.

E fora eles, tem uma galera muito foda daqui de Fortaleza também. Só pra citar, assim, tem a Di Ferreira, maravilhosa, que cantou no single “Melhor Assim”. Então tem a Di Ferreira nessa faixa, e tem também em “Pra Recomeçar”, o refrão é sempre com a Di Ferreira, mas também tem o Enzo Camursa, André Fernandes, Claudine Albuquerque, Vitor Calilpe, que era vocalista do Projeto Rivera, o Agê, maravilhoso, aqui de Fortaleza, também dessa turma do Mateus Fazendo Rock, também foi fazer as vocalizações. E fora o Plínio, o Jonas e o Mateus, que acabaram entrando na banda definitivamente. Mas foi legal. Tem umas fotos da gente, com umas 20 pessoas no estúdio cantando. Parecia “We Are The World”.

TMDQA!: Você consegue me dizer três músicas do disco, que nesse momento são as suas favoritas?

Gabriel: Ah, consigo sim. A minha favorita do disco é “Gatilhos”. Eu acho que é a música mais pessoal do disco. Ela dá o nome do disco, né? Porque tem um verso que fala “Y”, que pra mim o significado não é a letra, mas o desenho da letra que, ao mesmo tempo, é uma separação e um seguir em frente. Então, acho que é essa faixa que eu mais gosto. E agora, assim que a gente tá ensaiando pros shows… putz, eu tô curtindo muito tocar “Melhor Assim”. E tem uma que a gente ainda não vai tocar, pelo menos nesse primeiro momento, mas que eu acho linda, que é “Nunca Tem Fim”.

TMDQA!: Eu li que três músicas no álbum foram dedicadas aos fãs dos Selvagens e também vi alguns comentários dos posts em que vocês divulgaram os singles com a galera celebrando o som das novas músicas. Como você se sentiu com essa resposta dos fãs durante o lançamento dessas prévias?

Gabriel: Cara, é muito legal. Eu entendo que existe todo esse processo de luto, e uma fanbase que, de alguma maneira, se sentiu dividida também. Eu sempre gosto de dizer que eu também sou fã de Selvagens, apesar de ser criador, mas eu sei me separar e sou fã também dessa ideia de banda. Montei banda porque eu gosto disso, desse coletivo. Mas ver a galera chegando junto, e mesmo as pessoas que, num primeiro momento, sei lá, possam ter enveredado por outras narrativas, mas dando ali o braço a torcer, ainda escutando o som novo e “Putz, bicho, gostei pra caralho!”. Então, eu acho bonito. Eu acho que é um processo. Acho que é o tempo também.

Mas a resposta, assim, de cara, já foi muito legal. É exatamente isso, por se colocar também no lugar de fã, eu também tava com muita saudade de ver o Selvagens fazendo rock. Então os fãs, também escutando agora, ficaram assim “Putz, que saudade de ouvir o Selvagens desse jeito, botando pra fuder, fazendo um rock n’ roll. Tá faltando banda assim”. Então, acho que é meio que esse lugar de se colocar no lugar do outro.

TMDQA!: Você comentou sobre “Gatilhos” ser uma música mais íntima e eu também tinha destacado aqui a faixa “Um Lugar Que Te Mereça”, que você descreveu como se fosse escrita pra você. E eu queria saber como foi o processo de transformar algo tão íntimo em uma canção e o que exatamente você precisava ouvir naquele momento da sua vida?

Gabriel: Pois é, esse disco inteiro foi muito assim, de coisas que eu precisava botar pra fora. Acho que não tem nenhuma faixa que eu possa tirar. Talvez a única que não entra nesse lugar, assim, seja “Pessoas Invisíveis”, que fala realmente de outro tema, apesar de também ser sobre a separação da sociedade. Mas, voltando pra tua pergunta, quando eu já tinha escrito as 10 músicas que entraram no disco, e pra fechar 12, a minha esposa sugeriu assim “Putz, cara, tanta gente te ajudou, ficou do teu lado, mandou mensagem de apoio… Seria legal se tu fizesse uma música um pouquinho diferente, pelo menos se colocando nesse outro lugar também das pessoas que apoiaram, que te aconselharam”.

Aí eu tentei fazer esse exercício e acabei fazendo essa música, que é “Um Lugar Que Te Mereça”. Que é talvez o que eu poderia falar pro meu filho, o que eu gostaria de ter escutado, e o que eu também ouvi de outras pessoas assim, “Cara, segue em frente, levanta a cabeça, promete pra mim que tu vai encontrar um lugar que te mereça”.
É nesse momento, assim, de quando você passa por uma barra, que você vê quem são os amigos de verdade, quem é a família, quem é que tá do teu lado. Então foi mais nesse sentido.

Tem uma curiosidade sobre isso também, que foi a distribuidora me perguntando assim “Porra, Gabriel, o disco tá muito porrada. Tá precisando de uma balada pra dar uma respirada aqui”. Tem uma faixa que é “Mucambada”, que eu não pretendia gravar no disco, mas a galera da banda adorou, falou “Cara, vamos! É uma homenagem aos fãs”. Eu fiz no auge da crise, foi “Pra Recomeçar”, e essa. E aí acabei fazendo uma outra que é difícil, mas é tipo assim “Cara, tá bom. Acho que eu falei tudo que tinha pra falar…’Não sei mais o que falar sobre o que aconteceu’”. Aí já começa assim a música.

TMDQA!: Vocês vão começar oficialmente a turnê no dia 15 de maio, e ela vai funcionar como um reencontro com os fãs depois do hiato do grupo no ano passado. Como está sendo a preparação desse show? Tem alguma música do disco novo que nos ensaios está despertando mais vontade de tocar ao vivo?

Gabriel: Eu tô muito feliz com os ensaios, porque, obviamente, a gente já se dá bem pra caralho com os novos integrantes, já deu pra ver que na estrada vai ser uma maravilha de convivência. Mas, quando a gente foi ensaiar… todo mundo sabe tocar muito bem, não tem dúvidas. Mas e aí, como é a química? E no primeiro ensaio, já todo mundo tirando de letra. O Plínio fez 28 anos agora, e quando tava começando a ser músico, já ia pra show do Selvagens. Ele tá super feliz de ter entrado na banda que ele via também, mais novo. O Jonas toca de olhos fechados, de cabeça pra baixo. O Mateus, nem se fala.

Então, a gente tá com um time muito bom. E esse show que a gente tá fazendo é mais no sentido do orgulho de Putz, a gente tá fazendo um setlist muito massa, a gente está levemente mudando arranjos, alongando certas canções e criando momentos para o show, coisa que a gente nunca conseguiu fazer nas formações anteriores da banda. Agora parece que chegou uma máquina e eu tô doido pra mostrar pra galera. Porque eu acho que todo mundo vai gostar muito. É um Selvagens mais preciso, mais rápido, mais forte. Rock violento quando tem que ser, sabe?

TMDQA!: Com relação a parte visual do disco, eu vi que vocês disponibilizaram clipes para três dos singles lançados. Vocês pretedem disponibilizar clipes ou visualizers de todas as outras faixas? E qual é a importância que você vê em lançar esses materiais nessa fase da banda?

Gabriel: A gente vai lançar o clipe de “Melhor Assim”. E eu quero muito ainda fazer um trabalho, que eu não sei se vou chamar de visualizer, sei lá, mas dessa canção, “Gatilhos”. Eu sempre pirei muito, na verdade, tanto na parte gráfica quanto em vídeos, eu queria fazer cinema, na verdade, e não música, mas acabei caindo de paraquedas na música. Então, toda vida que eu lanço um disco, eu aproveito pra botar o meu “eu roteirista” pra fora e chamo diretores, amigos. Eu tenho feito isso desde a carreira solo, eu tenho convidado um diretor para abraçar o projeto como um todo, e fica com a pegada da pessoa.

Então, pra esse trabalho novo do Selvagens, foi todo dirigido pela Camila de Almeida, daqui de Fortaleza, maravilhosa. E aí eu tô, assim, super feliz. O primeiro foi “Pra Recomeçar”, a gente dentro de um carro, depois teve um leve visualizer pra música com o Vivendo do Ócio. A gente lançou aquele outro lá em preto e branco, mostrando a cidade de Fortaleza. Fazia muito tempo que a gente não gravava cenas da gente na nossa terra natal, quase numa vibe de mini-doc da cidade. A cidade como protagonista. E “Melhor Assim” a gente gravou no Museu da Imagem e do Som daqui de Fortaleza, em uma sala imersiva, que é 360 graus de telão, vai ser super chique.

TMDQA!: Sobre os fãs, eu também vi alguns deles comentando nos posts dos singles que sentiram essas prévias como algo que tem mais cara de carreira solo do que música do Selvagens. Como você lida com esse tipo de percepção e até onde esse disco reflete uma fusão entre a sua expressão pessoal e a identidade coletiva da banda?

Gabriel: Eu acho que passa longe de carreira solo, porque na minha carreira solo eu lancei um EP e um disco. E a minha intenção com carreira solo, na verdade, é porque já estava tendo, há um tempo, muita dificuldade de colocar pra fora as minhas demandas de composição. Eu escrevia ali, nem sempre era bem acolhido nessa última fase da banda. Então, eu montei uma carreira solo basicamente pra isso. Mas, assim, eu acho que não tem nada a ver com carreira solo, tipo, nada, nada a ver. Porque eu tenho muita música que pode servir pra um futuro trabalho da carreira solo, e isso tudo foi excluído em prol desses rocks que a gente lançou agora. Agora, com relação aos comentários, eu acho que eu fiquei muito cascudo depois de tudo que aconteceu. Eu acho que eu aprendi que rede social, muitas vezes, é um mar de covardes. Tem gente que diz que vai no show só pra vaiar, pra não sei o que lá e quando você encontra a pessoa no mundo real, a pessoa não vai vaiar, a pessoa não vai falar contigo, a pessoa se envergonha. Então, as pessoas às vezes assumem uma persona na rede social que não tem nada a ver com ela no mundo real. E quando você entende isso, você começa a definir muito bem as pessoas que tem comentários covardes ou às vezes é só a opinião da pessoa mesmo.

Eu também acho que hoje em dia as pessoas dão opinião muito rápido. E são incentivadas a dar opinião muito rápido. A gente, eu, você, parece que qualquer coisa que acontece no mundo… escolheram o novo papa, parece que eu já tenho que ter uma opinião. Então parece que ninguém tem mais tempo para digerir as coisas. E tendo essa percepção, e gostando um pouquinho de budismo, acho que tem que ter paciência com todo mundo. Mas também é uma questão minha. Eu também me afasto um pouco das redes sociais, eu tento não dar muita atenção. Eu estou preocupado em fazer uma boa comunicação. O time que a gente tá é muito bom. É sincero, é honesto. A gente não se comunica de maneira violenta, a gente não agride ninguém. Estamos fazendo o nosso. Então é continuar nessa linha, independente de qualquer tipo de comentário.

TMDQA!: Para encerrar nosso papo, fazendo uma referência ao Tenho Mais Discos Que Amigos!, eu queria saber quais discos, ou até mesmo artistas, que foram seus amigos mais próximos durante a construção de “Y”?

Gabriel: Ah, eu tive vários amigos discos… Deixa eu ver aqui. Escutei muito o último do Foo Fighters, [But Here We Are] aquele disco branco. Esqueci o nome dele agora de cabeça. Eu escutei tudo que era disco de luto, eu fui atrás escutar. Então tem esse do Foo Fighters. Tem um do Queens of the Stone Age, que é o de 2013, o “…Like Clockwork”. E também tem um do Nick Cave, [Ghosteen] que é lindo. Acho que foi depois dele ter perdido o filho. É lindo demais o disco.

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Lara Teixeira

Gabriel Aragão explica ao TMDQA! por que o Rock ganhou destaque em “Y”, novo disco do Selvagens à Procura de Lei


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