10 projetos paralelos tão bons quanto os principais

The Network

Muitos motivos podem levar um artista a decidir colocar em prática um projeto paralelo, desde a vontade de explorar sonoridades que não se encaixam tão bem na proposta de suas bandas principais até um encontro para homenagear um falecido amigo da cena musical.

Em muitos casos, esses experimentos criativos acabam conquistando uma base de fãs própria e espaços às vezes até maiores do que os trabalhos originais de seus integrantes.

Verdadeiras lendas já provaram sua excelência musical ao mostrarem que tanto seus trabalhos principais quanto seus projetos paralelos alcançam um nível impressionante de qualidade artística.

A seguir, confira uma lista com 10 projetos paralelos, reunida pela Far Out, que se destacaram na indústria da música e merecem tanto reconhecimento quanto as bandas que os originaram!

10 projetos paralelos tão bons quanto os principais

The Network

Em 2003, os integrantes do Green Day decidiram mudar um pouco seu foco criativo lançando um projeto paralelo chamado The Network. Sob pseudônimos e usando máscaras, o trio se afastou temporariamente do pop-punk que os consagrou na indústria para explorar um som marcado por sintetizadores, influências de new wave e uma estética que levava o público aos anos 1980.

A iniciativa surgiu durante um momento de transição da banda, no intervalo entre os discos Warning (2000) e o emblemático American Idiot (2004), momento em que o grupo buscava novas formas de se inspirar e recarregar as energias.

Em 2020, após os músicos lançarem Father of All… com o Green Day, eles ainda tiraram um tempo para se dedicar a novas músicas do The Network. Quem sabe no futuro vem mais por aí?

Box Car Racer

O Box Car Racer surgiu em 2001 como um projeto paralelo de Tom DeLonge, guitarrista e vocalista do blink-182 que na época estava sendo influenciado pelo post-hardcore. O novo grupo, que também contava com o baterista do blink, Travis Barker, disponibilizou um disco homônimo com uma sonoridade um pouco mais agressiva e com letras que se distanciaram um pouco das piadas do grupo original.

O álbum contou com a participação de Tim Armstrong, do Rancid, nome de peso do Punk, e também trouxe uma lembrança do blink-182 ao apresentar uma canção com a participação de Mark Hoppus. Após o fim do grupo, DeLonge também deixou o blink e passou a se dedicar ao Angels and Airwaves, que explorava uma sonoridade ainda mais diferente.

The Fireman

Paul McCartney se uniu ao baixista e produtor Youth no projeto paralelo The Fireman, onde conseguiu conseguiu fazer experimentações sonoras um pouco mais ousadas em comparação aos materiais solos que ele lançou até aquele momento, geralmente mais comerciais.

Electric Arguments, lançado pelo The Fireman, se aproximava mais de McCartney II, disco em que Macca realmente passou a trabalhar com outros gêneros e técnicas de gravação de uma forma mais livre. Na obra lançada com Youth, Paul demonstrou um lado menos previsível de seu trabalho e trouxe canções de sucesso como “Sing the Changes”, que passou a integrar o repertório dos seus shows.

Temple of the Dog

O Temple of the Dog foi um projeto paralelo que surgiu do luto que marcou a cena grunge de Seattle no início dos anos 1990. A banda foi incentivada por Chris Cornell após o falecimento de Andrew Wood, que liderava o Mother Love Bone. O líder do Soundgarden convocou os integrantes remanescentes do Mother Love Bone, que viriam a ser a base do Pearl Jam: o baixista Jeff Ament e o guitarrista Stone Gossard, além do também guitarrista Mike McCready e do baterista Matt Cameron.

Para completar o grupo, Cornell convidou Eddie Vedder, que até então era desconhecido na cena de Seattle e depois passou a liderar o Pearl Jam. No disco de estreia homônimo do Temple of the Dog, lançado em 1991, Vedder fez um dueto com Cornell na faixa “Hunger Strike” e gravou os vocais de apoio.

Apesar da obra ter sido elogiada pela crítica, o álbum passou a ser amplamente conhecido em 1992 depois que Vedder, Ament, Gossard e McCready se tornaram populares por conta do disco de estreia do Pearl Jam, Ten.

Trio

Para a cena country, a ideia de supergrupos sempre pareceu distante. Porém, Linda Ronstadt, já consagrada no mundo do country-rock, decidiu unir sua voz a Emmylou Harris e Dolly Parton para formar um trio vocal que se tornou um marco. A junção dessas três vozes lendárias ofereceu uma resposta exclusivamente feminina para bandas icônicas como Crosby, Stills and Nash.

As músicas interpretadas por essas três artistas contemplavam clássicos do country, mas o supergrupo se destacava principalmente pela entrega vocal de Dolly Parton, que cantava com um tom comovente que a tornou uma das artistas mais influentes dos anos 1960.

Madvillain

Ao falar de projetos paralelos, dificilmente você não vai lembrar de MF DOOM, que já surgiu com diversos pseudônimos ao longo dos anos. Mas um dos seus trabalhos de maior destaque foi a dupla Madvillain, formada com o produtor Madlib. A parceria resultou em um disco com sonoridade caótica mas que, ao mesmo tempo, faz muito sentido.

As batidas fragmentadas de Madlib se encaixaram perfeitamente com as rimas de DOOM, famosas por serem sempre um pouco fora do ritmo. Um destaque foi a faixa “All Caps”, que apresenta o som de um piano logo no início e ainda conta com um verso de um dos pseudônimos de MF DOOM, Viktor Vaughan.

Fort Minor

Enquanto estava no auge do Linkin Park, Mike Shinoda sentiu que precisava se reconectar com suas raízes do hip-hop e para isso criou o projeto paralelo Fort Minor. O músico e produtor lançou o disco de estreia The Rising Tied, em 2005, em que praticamente todas as letras e instrumentos foram executados por ele.

O álbum contou com a produção executiva de Jay-Z e apresentou colaborações com Common, Black Thought, do The Roots, John Legend e mais. O single “Where’d You Go” chegou a ficar em 4º lugar na Billboard Hot 100, e “Remember the Name” se tornou um clássico dos anos 2000.

Derek and the Dominos

No final dos anos 1960, Eric Clapton estava em constante movimento, transitando entre bandas como Cream, Blind Faith e até colaborando com alguns solos no álbum de George Harrison. Foi nesse contexto que ele criou o Derek and the Dominos, um projeto que poderia ter sido apenas mais uma desculpa para o músico tocar seus melhores licks de blues, mas se tornou um dos mais pessoais de sua carreira.

Entre os solos apresentados por Eric no disco Layla and Other Assorted Love Songs, estava inclusive uma profunda carta de amor dedicada a Patti Boyd, então esposa de seu amigo George Harrison e por quem Clapton estava apaixonado.

O esforço para conquistar Patti parece ter dado certo, já que eles se casaram alguns anos depois do divórcio dela com Harrison. A obra também chama atenção pela contribuição essencial de Duane Allman, que ofereceu um toque especial às músicas do disco com sua slide guitar.

The Traveling Wilburys

Alguns projetos paralelos surgem sem muito planejamento, como foi o caso do The Traveling Wilburys. O grupo foi criado como uma piada interna entre George Harrison e Jeff Lynne, mas em pouco tempo se transformou em algo maior quando artistas lendários como Bob Dylan, Tom Petty e Roy Orbison passaram a integrá-lo.

A sintonia gerada a partir das diferenças dos membros foi o que tornou o Traveling Wilburys um grupo de destaque. Apesar da estética despretensiosa e da idade dos integrantes fizessem o grupo parecer uma reunião de pais roqueiros do final dos anos 1980, eles entregaram músicas memoráveis e são considerados um dos melhores supergrupos de todos os tempos.

Gorillaz

O Gorillaz realmente merece um destaque especial ao falar sobre projetos paralelos. Damon Albarn já era um ícone do Britpop com o Blur quando decidiu seguir por outro caminho ao fundar o projeto junto com Jamie Hewlett.

A banda virtual foi pioneira pela forma como “escondeu” a identidade de Damon de muita gente por vários anos, apresentando ainda um som inovador com influências do tip-hop, rap e rock e expandindo os limites do que uma banda alternativa poderia ser.

O projeto se tornou até mais popular que o Blur, ainda que ambos sejam enormes em questão de influência. Cada álbum do Gorillaz parece funcionar como uma nova temporada de um programa de TV, como a longa jornada por paisagens sombrias em Demon Days ou a névoa ambiental de Plastic Beach.

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Lara Teixeira

10 projetos paralelos tão bons quanto os principais


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