Arlindo Cruz: as 10 composições essenciais do “sambista perfeito”

Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. Ícone do samba, enfrentava complicações de saúde desde o AVC sofrido em 2017. Ele deixa a esposa, Babi Cruz, e os filhos Arlindinho, Flora e Kauan Felipe. No registro oficial da gestão coletiva da música no Brasil, sua obra impressiona: 847 composições e 1.844 gravações, um acervo que atravessa gerações e reafirma sua importância para a música brasileira.
Considerado um dos compositores mais importantes do país, o sambista deixou clássicos como “Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar”, “Camarão Que Dorme, A Onda Leva” “Sonho Meu”, “O Bem” e “Bagaço da Laranja”.
A trajetória de Arlindo Cruz
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958, no subúrbio carioca. Criado em uma família apaixonada por música, ganhou o primeiro cavaquinho ainda criança e aprendeu os primeiros acordes com o pai. Foi frequentando o Cacique de Ramos onde tocou com Jorge Aragão, Almir Guineto e Zeca Pagodinho.
Em 1981, substituiu Jorge Aragão no Fundo de Quintal, um dos grupos de samba mais importantes do país, onde permaneceu por 12 anos. Ali desenvolveu sua linguagem única como compositor e intérprete ao longo de 11 álbuns, com harmonias sofisticadas que renovaram o samba sem perder a tradição.
Em 1993, iniciou carreira solo e lançou o álbum “Arlindinho“, uma homenagem ao filho. Poucos tempo depois, a parceria com Sombrinha, fundador do grupo Fundo de Quintal, rendeu o disco “Da Música” (1996). Vieram ainda trabalhos como “Ao Vivo: MTV Apresenta Arlindo Cruz“ (2005) e “Pagode do Arlindo” (2006), consolidando-o como um dos principais nomes do gênero.
Em 2007, lançou o álbum “Sambista Perfeito“, que se tornou um marco em sua carreira. A faixa-título descreve o perfil do sambista ideal, citando referências como Candeia, Geraldo Pereira, Paulinho da Viola, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, unindo improviso, fidelidade às raízes, elegância e malemolência, qualidades que o próprio Arlindo incorporou em sua trajetória.
O instrumentista também assinou sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu, conquistando seis Estandartes de Ouro. Sua maior paixão era o Império Serrano, verde e branco de Madureira, para o qual compôs 12 sambas. Em 2023, já afastado dos palcos após o AVC, foi tema do enredo da escola e protagonizou um dos momentos mais emocionantes do carnaval, desfilando na Sapucaí em um carro alegórico que o retratava com seu banjo e uma coroa.

Para celebrar o legado de Arlindo Cruz e sua capacidade de transformar histórias em música, reunimos não apenas seus clássicos, mas também outras composições que evidenciam sua sensibilidade e genialidade.
10 composições geniais de Arlindo Cruz
“Meu Nome É Favela”
“Sambista Perfeito”
“Samba de Arerê” (c/ Jorge Aragão)
“O Que É o Amor?”
“Trilha Do Amor”
“Saudade Louca”
“A Pureza da Flor”
“Da Música” (com Sombrinha)
“Sagrado e Profano” (com Sombrinha)
“Será Que É Amor”
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Liz Sacramento
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