As 10 melhores músicas da carreira do Black Sabbath

Foto: Wikipedia

Poucas bandas na história da música conseguiram deixar uma marca tão profunda quanto o Black Sabbath. Formado em Birmingham, Inglaterra, no final dos anos 1960, o grupo não apenas definiu o heavy metal como gênero, mas influenciou incontáveis bandas ao longo de mais de cinco décadas.

Agora, em 2025, é na cidade em que tudo começou que tudo terminará – justamente por isso, o evento que marcará a despedida não só do Sabbath como de seu vocalista Ozzy Osbourne se chama Back to the Beginning.

Marcado para o dia 5 de julho, o evento será uma celebração do legado da banda que deu origem a todo um movimento musical, reunindo nomes gigantes do Metal que foram influenciados pelo Sabbath, como Slayer, Metallica, TOOL e tantos outros, tudo isso com uma curadoria assinada por Tom Morello.

Para os fãs, será a última oportunidade de ver os mestres em ação, encerrando sua jornada onde tudo começou, com a reverência e a emoção que uma carreira tão monumental merece. Para os músicos, uma chance de se despedir adequadamente, com a formação clássica que conquistou o mundo e revolucionou a música.

A história do Black Sabbath

Além da voz inconfundível de Ozzy Osbourne, o Black Sabbath é marcado pelos riffs pesadíssimos de Tony Iommi, o baixo arrastado de Geezer Butler e a bateria única de Bill Ward, que ficou de fora da reunião há alguns anos e finalmente se reencontrá com seus antigos companheiros para uma despedida merecida.

A trajetória da banda, vale lembrar, é marcada por diversas fases, mudanças de formação e álbuns que hoje são considerados clássicos absolutos. Discos como Paranoid (1970), Master of Reality (1971) e Heaven and Hell (1980) são pilares do Metal, reverenciados por todos os fãs do estilo e que mostram a pluralidade sonora do Sabbath.

Isso comprova que, ao longo dos anos, o Black Sabbath soube se reinventar sem perder sua essência, enfrentando tempos difíceis, divergências internas e o desgaste natural do tempo com uma resiliência que poucas bandas conseguiram sustentar.

Antes desse capítulo final, cujo foco será realmente nos primeiros anos da formação clássica, resolvemos mergulhar em toda a discografia para encontrar as 10 músicas mais essenciais do Sabbath, reverenciando também Ronnie James Dio e pensando nas contribuições sonoras para todo o Heavy Metal.

Embarque com a gente na lista abaixo e confira as 10 melhores músicas do Black Sabbath na opinião do TMDQA!

Como acompanhar a despedida do Black Sabbath?

Vale lembrar que os fãs que não puderem comparecer pessoalmente no show de Birmingham neste sábado (5) têm uma boa notícia.

O evento será transmitido ao vivo para o mundo inteiro e, como te contamos aqui, o stream terá início às 15h no horário local (11h de Brasília) e os fãs que residem no Brasil podem garantir seu acesso à transmissão pelo site oficial do evento no valor de R$83,70.

Porém, vale lembrar que o TMDQA! estará em Birmingham neste final de semana para te mostrar tudo sobre esse show histórico. Fique ligado no nosso Instagram para não perder nada!

As 10 melhores músicas da carreira do Black Sabbath

10. “Sabbath Bloody Sabbath”https://www.youtube.com/watch?v=4qDYa2aIBxw (Sabbath Bloody Sabbath, 1973)

Depois de ter vivido um auge tão grande em seus primeiros anos, é difícil que o Black Sabbath possa competir com o próprio catálogo. Ainda que discos como 13 (2013) tenham tido excelentes momentos, é difícil superar o que aconteceu nos primórdios dos Anos 70 – mas naquela época, com Sabbath Bloody Sabbath, eles conseguiram fazer frente ao próprio material.

A faixa-título do álbum em questão é uma das mais melódicas do grupo, reforçando uma mudança de direção sonora que havia começado a aparecer mais em Vol. 4 e agora soava praticamente perfeita. O resultado é uma peça ousada e multifacetada, com camadas que revelam mais a cada audição.

9. “Symptom of the Universe” (Sabotage, 1975)

Dois anos depois de Sabbath Bloody Sabbath, a banda continuava na missão de se reinventar a cada lançamento. Sabotage veio em um período conturbado, como o próprio nome do álbum diz, mas a banda usou as confusões internas como combustível para algumas de suas músicas mais cruas e experimentais.

“Symptom of the Universe” é um marco também do fim da era de ouro do Sabbath, e os vocais ousados de Ozzy Osbourne também foram fundamentais para influenciar outras bandas. Não à toa, a música ganhou até uma versão do Sepultura vários anos depois.

8. “Children of the Grave” (Master of Reality, 1971)

Mais de 10 anos antes do surgimento da New Wave of British Heavy Metal e seus riffs galopantes, lá estava ele: Tony Iommi. Mais uma vez genial, o guitarrista entregou em “Children of the Grave” um riff que seria eternamente influente, abrindo caminho para uma geração explorar essa sonoridade mais a fundo.

Ao mesmo tempo, o baixo de Geezer Butler é quem rouba a cena aqui, além de sua letra igualmente potente com uma proposta anti-guerra que mostra que, ao contrário do que muitos pensam, o Black Sabbath sempre foi politizado.

7. “N.I.B.” (Black Sabbath, 1970)

O solo de baixo inicial de Geezer Butler já seria suficiente pra classificar “N.I.B.” como essencial na discografia do Sabbath; afinal, é uma das maiores demonstrações de genialidade de um dos baixistas mais importantes da história.

Para além disso, “N.I.B.” é sensual, satânica e absurdamente cativante, trazendo tanto peso quanto groove e aquela sensação incrível de bater cabeça que só quem já viveu sabe – tudo isso, vale lembrar, em uma época onde o Metal sequer existia como gênero.

6. “Heaven and Hell” (Heaven and Hell, 1980)

Com Ronnie James Dio nos vocais, a banda ganhou um novo fôlego depois de um período conturbado desde a saída de Ozzy. O disco Heaven and Hell trouxe uma estética mais mística e épica, mostrando mais uma vez a capacidade do Sabbath de se adaptar e inovar constantemente.

A faixa-título é o grande destaque não só do álbum, mas de toda a fase Dio, alternando entre seções calmas e explosões intensas, explorando o dualismo do bem e do mal enquanto incorpora influências da sonoridade de seu novo vocalista sem perder a própria identidade.

5. “Iron Man” (Paranoid, 1970)

Com seu riff robótico e inconfundível, “Iron Man” parece ter sido esculpida em aço. A música vê a banda mergulhar mais uma vez em imagens que beiram o psicodélico, reforçando sua imagem quase mitológica que vem embalada em um dos instrumentais mais poderosos da carreira do Sabbath.

4. “Paranoid” (Paranoid, 1970)

Talvez o maior hino da banda, e ao mesmo tempo o sucesso mais improvável até hoje. “Paranoid” surgiu apenas para completar o disco de mesmo nome, que tinha um espaço de cerca de 3 minutos a ser preenchido – e então veio o icônico riff de Tony Iommi, complementado perfeitamente pela letra escrita rapidamente por Geezer Butler e interpretada de forma improvisada por Ozzy Osbourne.

3. “Into the Void” (Master of Reality, 1971)

“Into the Void” pode estar longe de ser a favorita da maioria dos fãs, mas sua influência é inquestionável. Mergulhando em um clima pós-apocalíptico através de um riff que cria uma verdadeira atmosfera sombria, o Sabbath encontrou uma sonoridade tão pesada que não viria a ser replicada até anos depois.

Não à toa, “Into the Void” é creditada por muitos como responsável por abrir as portas para gêneros como o Stoner Rock, o Doom Metal e o Sludge Metal, que viriam a se desenvolver em anos seguintes.

2. “Black Sabbath” (Black Sabbath, 1970)

A música que começou tudo. “Black Sabbath” abre o primeiro álbum da banda e todo o clima – criado desde o início com o som de uma tempestade acompanhada por sinos fúnebres e um acorde que ficou conhecido como “o som do Diabo” – é fundamental para entender o que viria a ser o Heavy Metal.

A atmosfera lenta e assustadora faz com que o ouvinte se sinta quase como parte de uma invocação, o que é evocado ainda mais pelas imagens da capa de Black Sabbath. Um retrato do pioneirismo e da postura desafiadora de uma das maiores bandas da história!

1. “War Pigs” (Paranoid, 1970)

Um épico anti-guerra que combina crítica social com guitarras sombrias e um dos melhores desempenhos vocais de Ozzy, “War Pigs” é a abertura perfeita para o álbum Paranoid e um marco do Heavy Metal.

Com sua longa duração e um final verdadeiramente épico, que provoca uma das maiores catarses musicais em toda apresentação ao vivo, é uma faixa que representa ao mesmo tempo o peso, a força e a genialidade do Sabbath em um único capítulo.

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Felipe Ernani

As 10 melhores músicas da carreira do Black Sabbath


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