As 7 maiores influências de Mac DeMarco

Mac DeMarco é considerado atualmente um dos grandes destaques da cena indie e alternativa. Ele se estabeleceu na cena há cerca de 11 anos, quando lançou o elogiado disco Salad Days, e se tornou um nome fundamental do rock moderno com sua sonoridade única e sua personalidade irreverente e bem-humorada.
Desde o garage rock de suas primeiras obras até o som mais suave que ele definiu como “jizz jazz”, DeMarco sempre optou pela experimentação em seus trabalhos. Para chegar nessa sonoridade única, o multi-instrumentista, que há alguns anos lançou sua própria gravadora, adquiriu uma ampla bagagem musical ao longo da vida – e nunca hesitou em falar sobre como algumas bandas e artistas influenciaram seu som.
Para compartilhar alguma das referências de DeMarco, o portal Far Out resgatou uma entrevista do músico com o The Guardian em que ele analisou diferentes categorias para revelar mais detalhes sobre sua transição na música.
Confira abaixo os artistas que se tornaram importantes influências para o cantor canadense!
Mac DeMarco anuncia turnê pelo Brasil
Em tempo, os fãs brasileiros vão poder admirar de perto o som de Mac DeMarco em 2026, já que o artista anunciou recentemente uma turnê pelo Brasil. Depois de esgotar uma data única na Audio, em São Paulo, o músico confirmou mais apresentações no país e passará por oito cidades em 2026 – saiba mais detalhes aqui.
Na excursão brasileira, Mac estará acompanhado de sua banda para apresentar o show de seu novo álbum, intitulado Guitar e com lançamento previsto para 22 de agosto por sua própria gravadora, a macsrecordlabel. Não perca!
As 7 maiores influências de Mac DeMarco
Herman’s Hermits
Ao ser questionado sobre a primeira música que ele se lembrar de gostar, ainda na infância, DeMarco citou uma obra do beat rock de Manchester dos anos 1960, gravada pelo Herman’s Hermit. Ele apontou:
“Eu não me importava muito com música quando era criança, em parte porque minha mãe costumava ouvir pop e country o tempo todo e isso realmente me chateava. Mas aí, quando eu tinha seis ou sete anos, ela comprou um CD do Herman’s Hermits e eu pensei: ‘É, essa música do ‘I’m Henry the VIII, I Am’ é bem maneira’.”
John Lennon/Plastic Ono Band
O cantor também já expressou sua admiração pelo lado obscuro da música alternativa algumas vezes e, na entrevista, mencionou “Mother”, de John Lennon com a Plastic Ono Band, como o momento em que percebeu seu gosto por música estranha. Ele explicou:
“Passei por uma fase em que gostava de rock clássico – Beatles, Kinks, Harry Nilsson. Aí eu peguei o álbum de John Lennon/Plastic Ono Band e pensei, ‘uau!’. Lembro-me de ouvir essa música no meu quarto, no porão, em casa, e pensar, ‘Meu Deus, essa porra é do caralho’! Naquela época – com 15 ou 16 anos – eu estava começando a tocar em bandas e conhecendo outros jovens que tocavam instrumentos. Eles eram realmente comprometidos com a música e eu pensei, legal, vou fazer isso também”.
The Smiths
Considerando a estética mais descontraída que marca o som de Mac, não causa surpresa descobrir que as guitarras vibrantes de Johnny Marr no The Smiths também tenham impactado o músico. Ao apontar “Ask” como a música que o fez se sentir diferente na escola, DeMarco explicou:
“No ensino médio, as pessoas geralmente gostavam das mesmas músicas que eu, mas quando comecei a curtir os Smiths, todo mundo ficava tipo: ‘Cara, por que você está ouvindo essa porcaria?’. Eu ficava tipo: ‘Vão se foder, caras!’. Lembro de tocar essa música no carro com umas garotas atletas que gostavam de sair comigo por algum motivo – provavelmente porque não se sentiam intimidadas – e elas simplesmente não davam a mínima. O que é uma pena, porque é uma música muito contagiante e linda.”
Wipers
Ao escolher a música que o faz lembrar de sair de casa, DeMarco reflete que aquele momento foi seu ponto de partida para algo desconhecido. O cantor mencionou então a faixa “Romeo”, do Wipers, grupo de punk rock formado no fim dos anos 1970:
“Depois do ensino médio, me mudei para Vancouver. Não tinha um motivo real para me mudar para lá – eu não ia para a universidade, não tinha emprego, não conhecia ninguém, nenhuma garota, nada. Eu era apenas um cara solitário andando de bicicleta e trabalhando em um Starbucks em algum subúrbio vietnamita estranho. Essa música, que diz ‘Romeu caminha pela cidade à noite / Os prédios altos e escuros lançam uma sombra fantasmagórica em seus olhos ardentes’, me lembra de andar de bicicleta por Vancouver, sem conhecer ninguém, sem ter nada para fazer, mas genuinamente animado por estar em um novo lugar. Tive essa sensação novamente quando me mudei para Montreal e depois para Nova York, mas nunca como naquela primeira vez em Vancouver.”
Arthur Russell
Já ao ser questionado sobre uma música que para ele é “de cortar o coração”, Mac DeMarco lembrou de uma canção do violoncelista, compositor e cantor norte-americano Arthur Russell, que explorou diversos estilos em suas obras:
“Depois de alguns meses em Vancouver, decidi gravar algo e postar no Myspace. Isso me rendeu alguns shows. Fiquei muito animado por um tempo, mas depois voltei a ser um jovem triste, andando de bicicleta por aí, pensando: ‘Ah, essas garotas não querem namorar comigo’. Foi uma época de cortar o coração e essa música me lembra disso. Eu adoro Arthur Russell. ‘Wild Combination’ foi a primeira faixa que me fez prestar atenção na música dele. O vocal é estranho, a produção é estranha, o arranjo é estranho, mas ainda é uma música pop muito cativante. Foi uma boa introdução. A partir daí, eu pude voltar às suas coisas mais antigas ao estilo country e ter uma profunda apreciação disso, mas também ir em frente para as coisas estranhas do ‘World of Echo’ e pensar: isso também é incrível.”
Steely Dan
Uma banda que não esteve tão presente na juventude do cantor canadense mas que influenciou muitas das obras de Mac DeMarco foi o Steely Dan. Ao ser questionado sobre a canção que fez ele gostar do famoso “dad rock”, o músico explicou:
“Esse é o tipo de música que eu ouço agora, mais ou menos. É bem diferente da música triste de adolescente que eu costumava ouvir – uma transição para o rock de pai, com música de estúdio, totalmente desenvolvido. Agora que penso nisso, minha própria música se divide entre os dois lados. Não tenho medo de tocar um solo de guitarra bobo, mas ao mesmo tempo faço uma canção de amor bonitinha ou algo assim. Gosto das letras nova-iorquinas engraçadas, espasmódicas e intelectuais do Steely Dan. Eu já as tinha ouvido antes, mas ‘Peg’ foi a música que me cativou. Um amigo me deu o álbum ‘Aja’ e eu pensei: ‘Então tá! Que merda esquisita!’.“
Neil Young
Por último, mas não menos importante, Mac DeMarco refletiu sobre a influência do lendário Neil Young ao definir o emblemático Harvest como o disco que influenciou seu trabalho de maior sucesso. Ele apontou:
“Sou um ouvinte compulsivo. Costumava ouvir essa música várias vezes por dia durante meses e meses. Foi mais ou menos na época em que gravei o segundo [álbum] e eu queria que meu álbum soasse exatamente assim: bem seco, bem nítido, no estilo dos anos 70. Eu morava em Montreal, falido pra caramba, sem muita música no computador e sem internet, então eu ia até o cesto de um dólar no sebo e vasculhava todos esses cantores franceses antigos e esquisitos de Quebec. Se eu encontrasse um disco legal – tipo ‘Harvest’ – ele era tocado até cansar na minha casa porque eu não tinha mais nada para ouvir. Já ouvi esse álbum tantas vezes, mas nunca me canso dele.”
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Lara Teixeira
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