Da Galeria do Rock ao Allianz Parque: como a geração dos anos 1990 lota estádios para viver a nostalgia

Reprodução/Twitter

Sabe aquela frase “os humilhados serão exaltados”? Então, se você se considerava um adolescente emo nos anos 2000 e curtia bandas de pop punk quando estava na escola, certamente está feliz com as voltas que o mundo deu de lá pra cá!

Quando veio a chamada “terceira onda” do emo, com bandas como My Chemical Romance e Fall Out Boy explodindo no mainstream, o conteúdo sensível das letras e o jeito de se vestir dos fãs viraram piada pra quem tinha a mente fechada.

O estilo também marcou fortemente o rock nacional, com NX Zero, Fresno e Fake Number – entre grupos que transitavam pelo hardcore como CPM 22, Gloria e Forfun – dominando as rádios e programas de clipes na saudosa MTV.

Mas em São Paulo havia um refúgio para a turma do emo se encontrar, comprar CDs e conversar sobre suas bandas favoritas sem medo de ser feliz: a Galeria do Rock, local histórico para a música no centro da capital paulista.

Nostalgia do emo e pop punk lembra bons tempos na Galeria do Rock, em SP

Numa época em que o streaming ainda não era dominante, os paulistanos iam até a Galeria do Rock, no bairro da República, para “garimpar” discos da cena alternativa que não se encontrava em outros lugares. Lá também tem lojas de bottons (lembra dessa febre?), camisetas de bandas e estúdios de tatuagem e piercing.

E o mais legal é que não era apenas um reduto do emo. Ali, punks, metaleiros, skatistas e a galera do reggae convivem em harmonia, sem nenhum tipo de preconceito. Isso foi tema até de uma reportagem da TV Globo nos anos 2000, que voltou a viralizar no TikTok esses dias.

Corta pra hoje, e muitos daqueles adolescentes de franja e calça justa, que passavam a tarde no terceiro andar da Galeria, voltaram a se encontrar nas pistas, arquibancadas e camarotes de estádios! É a “era da nostalgia” trazendo de volta aquelas bandas para grandes shows e festivais.

O NX Zero, por exemplo, passou 2023 e 2024 esgotando ingressos com a turnê de reunião Cedo ou Tarde, incluindo três noites lotadas no Allianz Parque e apresentação no Rock in Rio. O Forfun também voltou aos palcos no ano passado, e a turnê dos caras acabou virando uma celebração da cena riocore com Scracho, Dibob e Darvin.

Geração emo lota estádios e festivais como a I Wanna Be Tour

O Fake Number também tem reunião marcada para o festival I Wanna Be Tour 2025, em agosto, que trará outros ícones do emo e do hardcore nacionais que mantiveram a carreira firme por todos esses anos, como Dead Fish, Fresno, Gloria e o próprio Forfun.

Na escalação internacional, a IWBT terá Fall Out Boy, Good Charlotte, Yellowcard, The Maine, Neck Deep e mais – todas bandas que seguem firmes em atividade, mostrando a força do emo em 2025. O festival acontece no dia 23/08 na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, e 30/08 no Allianz Parque, em São Paulo.

Se for como no ano passado, o público brasileiro vai deixar “os gringos em choque” com sua paixão, como o próprio Lucas Silveira da Fresno definiu, depois de participar da IWBT 2024 ao lado de bandas como A Day to Remember, All Time Low e The Used.

Ou seja, essa nova fase do emo e pop punk no Brasil não é só sobre nostalgia, mas também sobre reconhecimento. É garantir que artistas antes vistos com desdém e preconceito agora sejam aplaudidos por sua relevância cultural. Quando shows assim lotam arenas como o Allianz, é a geração dos anos 1990 se reencontrando com sua própria história!

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Rafael Teixeira

Da Galeria do Rock ao Allianz Parque: como a geração dos anos 1990 lota estádios para viver a nostalgia


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