EXCLUSIVO: Deftones diz que “não esperava” sucesso com a nova geração e fala sobre impacto de fãs jovens

A indústria da música, em sua grande maioria, é cíclica. Viver um momento de auge é um privilégio reservado a pouquíssimos nomes, que muitas vezes não vão nunca mais ter aquele gosto de estar no topo novamente. No caso do Deftones, a história acontece de um jeito extremamente único.
Depois de aparecer no meio da onda do Nu Metal no final dos Anos 90 e início dos 2000, o grupo liderado por Chino Moreno encontrou uma nova onda de popularidade em anos mais recentes, muito graças a uma conexão quase inexplicável com fãs mais jovens que estão descobrindo suas músicas. Não à toa, a banda teve recentemente sua maior turnê solo da carreira.
Em meio a tudo isso, o lançamento do novo disco private music deu a esses fãs mais novos um clássico para viver de maneira contemporânea, como exploramos em nossa resenha com nota máxima do excelente álbum. Mas será que a própria banda sente esse impacto dos novos fãs?
Deftones fala sobre impacto de novos fãs
O TMDQA! teve a oportunidade de bater um papo com o baterista Abe Cunningham antes do lançamento de private music e, ao ser questionado sobre o quanto percebe a presença de novos fãs em shows e nas redes sociais, Abe deixou claro que há uma “nova energia sendo encontrada” e que é “absolutamente incrível” ver isso:
“Há pessoas que estão conosco por muito tempo, mas há toda uma nova geração de pessoas muito jovem que estão curtindo o que a gente faz, e isso é muito empolgante. Muito empolgante mesmo. A gente nunca poderia prever isso. Não tem como! Mesmo quando você faz um disco, sabe, você o solta no mundo e espera o melhor – espera que as pessoas curtam, ou pelo menos ouçam um pouquinho. Então, é realmente uma loucura, é muito empolgante.”
Nesse sentido, é de se esperar que a mudança de público, por assim dizer, seja um turbilhão de emoções pelo qual a banda tem que aprender a navegar. Como lidar com os novos fãs? Será que o Deftones precisa se adaptar? Para Abe, a resposta é simples:
“A gente continua sendo da velha guarda, cara. Sabe, hoje em dia as pessoas pegam todas suas informações e suas músicas nisso aqui [aponta para o celular] basicamente. A gente sabe disso, mas ao mesmo tempo, nós estamos nessa há um tempo. Nós somos da velha guarda, cara, e nós também somos realmente de boa pra caralho, mano. [risos] A gente deixa rolar. Somos de boa. Nunca estamos atrás de nada, nunca fomos atrás da ‘próxima grande coisa’, sabe?
Acho que muito disso vem de onde nós somos, Sacramento, que é uma cidade menor. Ser de lá permitiu que a gente descobrisse quem nós éramos e quem nós somos e não sentir a pressão das coisas. Então, além disso, somos teimosos! [risos] Mas, de verdade, a gente nunca foi atrás de nada, cara. A gente só teve sorte de poder ter tempo para descobrir as coisas – e foi um longo tempo, cara. E, pessoalmente, posso dizer que há várias distrações que vêm às nossas vidas, estando em uma banda e tudo mais. Mas é isso, a gente é muito de boa, mano. [risos]”
E, assim, a receita de sucesso está completa: sem pressão, o Deftones entregou um dos melhores discos de 2025 e a companhia perfeita para quem está começando a se tornar fã da banda, que poderá viver o impacto de um grande lançamento da mesma forma que quem teve a sorte de acompanhar a chegada de White Pony em 2000 ou Diamond Eyes em 2010.
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Felipe Ernani