Guitarrista que levou tiros fez as pazes com Ozzy Osbourne antes da morte

Guitarrista de Ozzy Osbourne entre 1982 e 1987, Jake E. Lee teve tempos difíceis dentro da banda solo do Príncipe das Trevas, mas conseguiu fazer as pazes com o vocalista do Black Sabbath ao ser convidado para participar do evento “Back to the Beginning”.

Lee, que teve que lidar com a pressão de substituir Randy Rhoads, não conseguia se conectar com Ozzy em um nível pessoal e até foi pressionado por Sharon Osbourne para assinar um contrato que o fez perder os créditos de composição e a fortuna associada ao álbum Bark at the Moon, de 1983.

Apesar disso, o músico afastado dos palcos há seis anos e debilitado por conta dos tiros que levou no ano passado ao sair na rua para passear com seu cachorro é grato por ter tido a oportunidade de trabalhar com Ozzy, como ele demonstrou em nova entrevista (via GuitarWorld):

“Ele [Ozzy] mudou tudo para mim. Ele me colocou em evidência. Se isso teria acontecido se eu não estivesse na banda dele, ninguém sabe. Ele tinha uma personalidade rara. Muitas pessoas são gentis e têm essas mesmas qualidades, mas isso realmente brilhava nele. Ele era um cara palhaço, engraçado e doce; eu sempre me senti assim e acho que todos os outros também. É por isso que é tão difícil compreender completamente que ele se foi.”

Em outro trecho da conversa com a Guitar World, Jake falou mais especificamente do convite para estar no show de despedida de Ozzy com o Sabbath. Citando os guitarristas Nuno Bettencourt e Tom Morello, curador do “Back to the Beginning”, Lee afirmou:

“Todos me apoiaram muito. O Nuno [Bettencourt] em particular me surpreendeu. Eu presumi que ele meio que sabia quem eu era, mas não achei que ele fosse gostar de mim nem nada. Mas ele me apoiou muito e me ajudou muito, assim como o Tom Morello. Eu sempre quis me reconciliar, dizer a ele que não havia ressentimentos e terminar tudo de forma amigável. Eu consegui fazer isso.”

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Como não poderia ser diferente, Jake E. Lee também falou sobre o hit “Bark at the Moon”, presente no clássico disco lançado em 1983 e gravado no estúdio junto com ele:

“Era uma música tão boa. Isso ajudou a confirmar que o Ozzy não tinha acabado só porque o Randy faleceu. Tenho orgulho de ter feito parte disso.”

Vale lembrar que, durante a gravação do álbum The Ultimate Sin (1986), Lee lutou por pagamento e crédito adequados, o que provavelmente contribuiu para sua demissão em 1987.

Para relembrar a parceria de Ozzy com Jake há mais de quatro décadas, assista à execução de “Bark at the Moon” em 1984 durante show realizado em Salt Lake City, em Utah, nos Estados Unidos. Deu saudade, né?

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