KK retorna com o álbum “Nova Bossa” e propõe um novo caminho para o trap
Na contramão das tendências e barulhos efêmeros da cena, KK reaparece com silêncio e profundidade. Seu novo disco, Nova Bossa, lançado no último dia 5, é menos sobre a expectativa que se criou após seu hit viral e mais sobre a reconstrução de um artista que precisou se afastar para se entender.
Com oito faixas autorais, produção internacional e um mergulho na espiritualidade, o álbum marca o retorno de um nome promissor do trap brasileiro, que agora revela maturidade, conceito e identidade em cada verso.
Oriundo da zona norte de São Paulo, Cauê Santos — ou KK, como ficou artisticamente conhecido — é cria da rua e das muitas culturas que dela emanam. Ainda adolescente, transitava entre o rap, o samba e o funk, moldando seu repertório e sua sensibilidade artística. Foi em 2017, quando lançou “1NOJO”, faixa que viralizou e somou mais de um milhão de visualizações, alçando o jovem para os holofotes da cena. Mas o brilho rápido também trouxe dilemas.
“O pós 1NOJO foi meu primeiro contato real com a indústria, com o público. Aprendi muito, mas senti que precisava dar um passo atrás. Foi uma pausa estratégica pra me reconectar com o que eu queria transmitir”, explica KK.
O que parecia sumiço era, na verdade, um mergulho. Um processo de escuta, viagem, amadurecimento e reencontro com a própria essência. “Todo artista precisa desse tempo pra mergulhar em si. Hoje, canto com mais profundidade e consciência.”
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A Nova Bossa de KK
Nova Bossa é o fruto desse hiato. Um projeto que funde beats modernos com atmosferas meditativas, atravessa influências da música brasileira e carrega nas letras temas como saúde mental, autoconhecimento, amor e superação — sempre com lirismo e poesia existencial.
Produzido por Wisper, da França, e Celo, do Brasil, o disco cria pontes sonoras entre o global e o local, entre o trap e a Bossa Nova, em um exercício de originalidade que propõe uma nova leitura do gênero.
“O conceito do álbum vem da própria Bossa Nova, que sempre me fascinou por ser um movimento de ruptura e sofisticação. Eu quis fazer algo inovador, que honrasse a tradição da música brasileira, mas com meu olhar contemporâneo. É uma síntese de tudo que me forma: moda, cinema, jazz, samba, estética e identidade”.
Faixas como “Fênix”, “Espelho” e “Quântico” revelam essa busca por reinvenção, quase como um renascimento sonoro e pessoal. Em “Iemanjá”, a espiritualidade se entrelaça à batida. Em “Nova Bossa”, a faixa-título, KK parece cantar para si mesmo, anunciando o artista que renasce em meio ao caos: menos sobre hype, mais sobre propósito.
Hoje, KK vive aquilo que chama de “estreia com maturidade”. E vê o novo projeto como ponto de partida para se conectar com novos públicos. “É um recomeço, mas também é a primeira vez que me apresento com tanta clareza. Quero que esse trabalho chegue em novos ouvidos e corações, porque é isso que a arte faz: conecta, transforma, cura.”
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Felipe Mascari
KK retorna com o álbum “Nova Bossa” e propõe um novo caminho para o trap
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