Massive Attack confirma bloqueio de suas músicas em Israel

A gente te contou aqui quando o Massive Attack pediu para ter suas músicas retiradas do Spotify e de todo o território israelense em protesto contra o genocídio cometido por lá.

Junto com o músico britânico Paul Weller, o duo formado por “3D” (Robert Del Naja) e “Daddy G” (Grant Marshall) confirmou que seus pedidos de bloqueio geográfico foram aprovados.

Os três vinham pressionando para que todas as faixas do Massive Attack, que recentemente fez show no Brasil, fossem removidas dos serviços de streaming em Israel como parte da campanha “No Music For Genocide” (Sem Música para o Genocídio).

Lançada em setembro, a iniciativa de boicote cultural incentiva artistas e detentores de direitos autorais a retirarem suas músicas das plataformas digitais no país em resposta aos assassinatos em massa que continuam acontecendo em Gaza. Para participar, os artistas editaram seus próprios territórios de lançamento ou enviaram pedidos de bloqueio geográfico para suas distribuidoras ou gravadoras.

Segundo a NME, entre os artistas que já se envolveram estão My Bloody Valentine, Denzel Curry, Shygirl, Paris Paloma, YHWH Nailgun, Fontaines D.C., Amyl & The Sniffers, Kneecap, Paramore, Rina Sawayama, Primal Scream, Faye Webster, Japanese Breakfast, Yaeji, King Krule, MJ Lenderman, Mannequin Pussy, Wednesday, Soccer Mommy, Björk, Lorde, IDLES, MUNA, Paloma Faith, Clairo, Wolf Alice, Lucy Dacus e Aurora.

Além de removerem seus catálogos individuais do ar, os artistas vem incentivando grandes gravadoras como Sony, Universal e Warner a fazerem o mesmo. Eles destacam como cada uma delas bloqueou seus catálogos inteiros na Rússia e encerrou suas operações apenas quatro semanas após a invasão da Ucrânia.

Confira ao final da matéria uma publicação sobre a campanha NMFG e a participação das bandas e artistas em seu propósito!

Projeto do Massive Attack pode mudar a indústria de shows para sempre

Em outras notícias sobre o Massive Attack, a cidade de Bristol, a maior do sudoeste da Inglaterra, anunciou a promessa de descarbonizar grandes eventos musicais em 2026 como parte de um novo programa piloto inspirado na icônica dupla, que se formou por lá em 1988.

O duo, que se apresentou em São Paulo nesta quinta-feira (13) com abertura dos Irmãos Cavalera, recentemente fez um esforço consciente para reduzir as emissões de carbono em suas apresentações ao vivo com o projeto ACT 1.5. O Massive Attack, aliás, fez neste ano seu primeiro show em cinco anos na sua cidade natal e quebrou o recorde mundial de menor emissão de carbono em um evento ao vivo.

Anunciado em 12 de novembro, o novo programa visa instalar um centro de energia móvel temporário em Bristol com a parceria de diversos fornecedores de energia limpa, como você pode saber mais aqui.

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