Massive Attack pede para ter suas músicas retiradas do Spotify e de Israel
O Massive Attack publicou nesta quinta (18) um longo depoimento condenando o genocídio em Gaza e pediu para suas músicas serem retiradas do Spotify e de todos os serviços de streaming em Israel.
Revelando sua participação na campanha No Music For Genocide, que conta com mais de 400 artistas e gravadoras removendo suas músicas das plataformas de streaming no território israelense, o grupo que estreou em 1991 com o clássico disco Blue Lines condenou o genocídio que já ocorre há tanto tempo em Gaza.
Com objetivo de aumentar a adesão ao projeto humanitário, o Massive Attack escreveu:
“Em 1991, o flagelo da violência do apartheid caiu da África do Sul, auxiliado à distância por boicotes públicos, protestos e a retirada de obras de artistas, músicos e atores. A cumplicidade com esse Estado era considerada inaceitável. Em 2025, o mesmo se aplica ao Estado genocida de Israel. A partir de hoje, existe um equivalente para músicos da campanha Film Workers for Palestine recentemente anunciada (assinada por 4.500 cineastas, atores, trabalhadores da indústria e instituições) – ela pode ser encontrada em No Music For Genocide (@nomusicforgenocide) e apoia os pedidos mais amplos do crescente @bds.movement. Apelamos a todos os músicos para que transfiram sua tristeza, raiva e contribuições artísticas para uma ação coerente, razoável e vital para pôr fim ao inferno indizível que está sendo imposto aos palestinos hora após hora.”
Confira a publicação ao final da matéria!
Massive Attack também removeu músicas do Spotify
Na seção de comentários do post, muitos fãs aplaudiram o posicionamento do Massive Attack contra o estado de Israel. Além disso, no entanto, a banda também anunciou a remoção de suas músicas do Spotify em todo o mundo, devido ao mesmo motivo já citado anteriormente pelo King Gizzard & The Lizard Wizard para justificar sua decisão de fazer o mesmo:
“Sem conexão com essa iniciativa e devido aos (supostos) investimentos significativos do seu CEO [Daniel Ek] em uma empresa que produz drones de uso militar e tecnologia com IA integrada a jatos militares, o Massive Attack pediu separadamente à nossa gravadora que nossas músicas sejam removidas do Spotify em todos os territórios.”
Por isso, um internauta pediu sugestões de alternativas viáveis para escutar música sem comprometer sua ideologia:
“Existe alguma alternativa ao Spotify que não seja vil? Eu também preferiria usar uma plataforma mais justa para os artistas. Existe alguma ética? Se não, algum grupo de tecnologia pode criar uma, por favor! 🙏🏻”
Em resumo, então, as músicas do Massive Attack devem ficar indisponíveis em todos os serviços de streaming para quem está em Israel. No entanto, os usuários de Spotify em todo o planeta também não terão acesso às faixas, ainda que, até o momento de publicação desta matéria, elas estejam disponíveis na plataforma.
Vale lembrar que algumas das alternativas ao principal streaming do planeta são Apple Music, Deezer, TIDAL e YouTube Music, nas quais as músicas do Massive Attack devem permanecer disponíveis.
Massive Attack e irmãos Cavalera farão show histórico no Brasil
Vale lembrar que o Massive Attack virá ao Brasil para realizar um show único no Espaço Unimed, em São Paulo, no dia 13 de novembro. Tornando a data mais especial, a performance terá abertura do projeto Cavalera, de Max Cavalera e Iggor Cavalera, que vai tocar o icônico álbum Chaos A.D. (1983).
Os ingressos para a oportunidade imperdível já estão disponíveis através do site da Eventim e custam a partir de R$260. Chamada “A Resposta Somos Nós”, a apresentação busca apoiar e dar visibilidade às lutas dos povos indígenas brasileiros e do G9 da Amazônia, coalizão que reúne organizações de nove países amazônicos.
Formado em Bristol, na Inglaterra, por Daddy G, Andrew Vowles, Adrian Thaws e Robert Del Naja, o Massive Attack é considerado pioneiro do gênero Trip Hop, fusão do Hip-Hop com a música eletrônica, Soul, Dub e Jazz.
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Gabriel von Borell
Massive Attack pede para ter suas músicas retiradas do Spotify e de Israel
