O dia em que o Exército dos EUA ajudou o Pink Floyd
Além de suas músicas emblemáticas, a carreira do Pink Floyd também foi marcada pelos elementos visuais incríveis que acompanharam suas apresentações ao vivo.
O grupo tinha o poder de hipnotizar seus fãs com efeitos de lasers, máquinas de fumaça e luzes, e a cada ano a banda procurava novas maneiras para tornar suas produções ainda mais grandiosas.
Enquanto planejava a turnê do álbum A Momentary Lapse of Reason, de 1987, a banda se viu interessada em um recurso que produzia luz dourada, para somar com os lasers verdes e vermelhos que já rolavam em suas apresentações.
Como apontou o veterano da indústria musical Paul Rappaport em uma entrevista recente ao UCR Podcast (via UCR), a descoberta do laser dourado foi feita por Marc Brickman, designer de iluminação do PF, mas o equipamento era perigoso e só quem tinha acesso ao recurso era o Exército dos EUA. Então, como fazer?
Pink Floyd quase teve “explosões no ar” em shows
Ao contar sobre a negociação entre Brickman e as autoridades dos Estados Unidos, Rappaport apontou:
“Ele foi a uma reunião com o Exército e disse: ‘Somos o Pink Floyd, ouvimos falar desses lasers dourados’. Eles responderam: ‘Ah, sim, temos os lasers dourados, mas eles são muito perigosos. Não são lasers comuns. Você pode machucar as pessoas com eles, são armas’.
Eles disseram [a Brickman]: ‘Alugaremos esses lasers para você, mas você precisa levar um representante do Exército dos EUA com você em todos os shows. Ele precisa verificar todos os espelhos, todos os pontos onde os tiros serão disparados — caso contrário, será perigoso [e] nós somos os responsáveis.’ Isso é [o tipo de] coisa que só o Pink Floyd faz, esses caras estão em um nível raro, acredite em mim.”
Paul revelou que Marc Brickman decidiu fechar o acordo e, após ele entrar em contato com o empresário do Pink Floyd, Steve O’Rourke, o representante do Exército disse a Brickman:
“‘Escute, estamos experimentando com íons negativos no ar. Vocês tocam em estádios, se quiserem, podemos fazer uma coisa para vocês, onde, sobre o estádio, sugamos todos os íons em um ritmo acelerado e isso vai causar uma explosão gigante. Vocês querem isso?’ Os joelhos de Brickman tremem e ele diz: ‘Bem, isso parece um pouco perigoso para os fãs. Talvez eu fique com os perigosos lasers dourados e deixe a próxima grande coisa perigosa para vocês.’”
Já pensou?!
Turnê com lasers dourados foi histórica para o Pink Floyd
De certa forma, a turnê de A Momentary Lapse of Reason representava um momento importante para o Pink Floyd, tanto internamente quanto para seus fãs.
Com a saída de Roger Waters e uma disputa judicial pelo direito de usar o nome do grupo, os músicos do PF encaravam o desafio de provar que ainda eram capazes de serem inovadores e manter o prestígio artístico da banda mesmo sem a presença de um dos seus fundadores.
Foi um grande passo, né?
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Lara Teixeira
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