Pra Ficar de Olho: Bank Myna e seu estilo íntimo e devastador

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Você provavelmente nunca ouviu falar nos trabalhos da banda Bank Myna. Fundindo pós-rock experimental, drone e incursões doom, o quarteto apresenta uma identidade sonora intensa e ritualística, construída desde sua formação em 2013.

Um dos projetos mais singulares e arrebatadores do cenário experimental europeu atual, lançaram o álbum EIMURIA – que sucede o também obscuro e ritualístico VOLAVERUNT – no último mês, projeto que se destaca por sua singularidade entre momentos de delicadeza e explosões elétricas de fúria sônica.

Fugindo da proposta habitual, o “Pra Ficar de Olho” viaja até Paris pra te falar um pouco sobre os trabalhos do grupo. Vamos lá?

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EIMURIA: catártico e visceral

Apresentando cinco faixas inéditas, EIMURIA foi gravado ao vivo no Vetter Studio em julho de 2024, com captação de Mathieu Gaud (colaborador de estúdios como Electrical Audio e Mikrokosm). O disco busca capturar a espontaneidade do grupo, que investe em uma presença incomum em seus trabalhos.

Inspirado pelas obras e vidas turbulentas da poeta Alejandra Pizarnik e da escultora Camille Claudel, o novo trabalho do Bank Myna é ao mesmo tempo íntimo e devastador. Com sua fusão de pós-rock obsidiano, doom e slowcore de tons místicos, EIMURIA propõe uma jornada sonora catártica e visceral – um mergulho nas tensões entre luz e escuridão.

A masterização é assinada por Harris Newman, e a arte da capa é da fotógrafa experimental Ramona Zordini.

Bank Myna: post-rock original

Acima, foi colocado em destaque o videoclipe da faixa “The Other Faceless Me”. A faixa se desenrola como um ritual de transformação: inicia com drones etéreos e vozes espectrais, atravessa um trecho de urgência rítmica e termina em um lamento intimista, de forte carga emocional.

A composição é centrada na jornada interior de Maud Harribey, vocalista e multi-instrumentista do grupo, e explora uma ruptura brutal entre corpo e identidade. O videoclipe, dirigido com um olhar caravaggesco por Clément Verrier, traduz em imagens esse processo de dissolução e renascimento. Dançarinas envoltas em véus, gestos instintivos e o uso dramático de luz e sombra compõem uma obra visual que ecoa as atmosferas de Dead Can Dance, evocando um sonho febril e meditativo.

Violino, teclados, bateria, percussão. Uma coisa é certa: se Bank Myna não chamou sua atenção, o momento há de chegar. Dentro do cenário do post-rock/post-metal, existe uma razão para celebrar a música.

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Eduardo Ferreira

Pra Ficar de Olho: Bank Myna e seu estilo íntimo e devastador


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