Pra Ficar de Olho: Jonabug e o atmosférico “três tigres tristes”

Foto por Renato Allan

Às vezes, a cena musical brasileira nos presenteia com movimentos que capturam a essência de uma nova geração e de uma região. O “emo caipira”, com sua valorização da cultura interiorana e a mescla de influências gringas do midwest emo com particularidades locais, é um desses fenômenos que vem conquistando uma base fiel de fãs – e no coração desse movimento, a banda Jonabug está pronta para continuar deixando sua marca com o lançamento de seu primeiro álbum, três tigres tristes.

Formado em 2021, o trio é composto por Marilia Jonas na guitarra e vocal, Dennis Felipe no baixo e Samuel Berardo na bateria. Eles já haviam flertado com o público com o EP Big Ego, No Self Esteem em 2023, e agora, com dez novas faixas, prometem levar os ouvintes a uma jornada sonora ainda mais imersiva.

A sonoridade de três tigres tristes é um caldeirão de influências que vão do shoegaze ao indie rock, com toques de grunge dos anos 90 e a energia do pop punk. As canções do projeto, cantadas em português e inglês, criam uma atmosfera onírica, onde a melódica guitarra e a voz suave de Marilia contrastam com a intensidade da bateria e do baixo, entregando um rock alternativo que alterna entre momentos de calma e tensão.

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Jonabug: expoente do emo caipira

Nas redes sociais, a Jonabug acumula uma base sólida de admiradores, muitos deles cativados pela autenticidade de suas letras. A banda se tornou um dos grandes expoentes do emo caipira, um movimento que nasceu no interior paulista para celebrar a cena musical local. As canções do grupo tocam em sentimentos profundos, com arranjos energéticos que contrastam com a melancolia das letras, algo que ressoa fortemente com o seu público.

O contato com os fãs vai além das redes. A banda já levou sua música para palcos icônicos de São Paulo, como o Bar Alto e a Casa Rockambole, e para outras cidades como Curitiba, Belo Horizonte, Santos e, claro, sua cidade-natal, Marília. O futuro da Jonabug já está traçado com uma turnê de mais de dez shows confirmados para julho e agosto, incluindo uma aguardada apresentação com a banda sergipana Cidade Dormitório, uma grande influência para o trio.

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três tigres tristes: um olhar para a alma jovem

O álbum é um mergulho em referências que abrangem do grunge noventista ao bedroom pop. Marilia Jonas canta sobre as nuances do início da vida adulta, a jornada de autodescoberta e o desejo de “fugir” e explorar o mundo, assim como os desafios e decepções de relacionamentos afetivos e familiares.

A vocalista explica que o título do álbum é uma brincadeira com a dualidade de se apresentar como um “tigre” feroz, mas, no fundo, sentir-se como um “gatinho indefeso”, repleto de sensibilidade. Essa contradição é palpável em todo o disco, manifestada no contraste entre as melodias e as letras melancólicas e a força instrumental. A capa do álbum complementa essa ideia, mostrando os três integrantes com máscaras de felinos em preto e branco, uma clara alusão ao clássico trava-íngua “três pratos de trigo para três tigres tristes“.

Mesmo com a melancolia que permeia as canções, a Jonabug aponta para a superação, buscando sua própria identidade e um caminho que leva “além da dor”, como cantam em uma de suas faixas.

Ouça o disco abaixo, e desfrute um novo universo sonoro que tem tudo para ganhar o público!

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Eduardo Ferreira

Pra Ficar de Olho: Jonabug e o atmosférico “três tigres tristes”


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