Sotam lança o EP “Nos Tornamos Estranhos” com sonoridade que vai do blues ao smooth funk

Depois de ultrapassar a marca de 10 milhões de plays com o EP Para Nunca Nos Tornarmos Estranhos, o rapper Sotam apresenta a segunda e última parte dessa narrativa com o lançamento de Nos Tornamos Estranhos, novo trabalho que chegou às plataformas digitais na no final de junho.

O projeto foi construído em parceria com o produtor musical Rob e traz uma reflexão madura sobre o distanciamento emocional e o fim de relações que antes pareciam inabaláveis.

A história que começou com a tentativa de reconciliação no primeiro EP agora mergulha na indiferença entre duas pessoas que já foram íntimas. “Criamos uma narrativa onde um ciclo que foi iniciado está em um processo de término, onde podemos ver todos os sentimentos que passam pelo personagem”, explica Sotam. A ideia do ciclo é também uma metáfora para as fases da vida:

“Esse lance dos ciclos que as relações trazem é também uma forma de entender como a vida funciona”.

O ciclo amoroso de Sotam

Com oito faixas conectadas por uma trama linear, Nos Tornamos Estranhos funciona quase como um roteiro. Um dos elementos centrais é o som de um telefonema que, antes ignorado, agora é atendido — revelando os motivos do rompimento.

“O telefonema funciona como uma ponte entre as faixas para que o ouvinte consiga entender como essa história está sendo contada”, diz Sotam. Apesar da construção contínua, ele reforça que o EP também pode ser consumido de forma isolada, com cada faixa ressoando de acordo com o momento emocional de quem ouve.

A sonoridade do projeto amplia ainda mais os limites da identidade musical do artista. Em colaboração com Carla Sol, Nanda Tsunami e Olívia, Sotam e Rob exploram arranjos orgânicos que flertam com o blues e o que o próprio rapper batizou de smooth funk. “Particularmente eu sempre gostei de fazer música de forma experimental. Não consigo me intitular ou me rotular, e baseado nisso eu sinto que meu público entende que não há limites para o que eu me proponho a fazer”, afirma.

Cria de São Paulo, Sotam vem acumulando marcos importantes na carreira. Após o hit nacional “3AM (Pxta Rasa)” e o disco colaborativo TRÊS2, ele segue transitando entre o underground e o mainstream. Para ele, o sucesso está menos nos números e mais na conexão. “Com ou sem personagem, meus projetos falam sobre a vida. ‘Furar a bolha’ na verdade são só pessoas que também vivem o que eu vivo e partilham do mesmo entendimento sobre isso. É algo inexplicável”.

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