TMDQA! Entrevista: Vitor Kley e a grandeza de “As Pequenas Grandes Coisas”

Foto por Rodolfo Magalhães

É, eu sei, é praticamente inevitável não relacionar Vitor Kley aos hits como “O Sol” ou “Morena”. Mas agora, o cantor e compositor gaúcho está de volta com um trabalho que vai muito além de seus sucessos característicos e repertório conhecido.

Entre São Paulo, Rio, Santa Catarina e até Portugal, Vitor embarcou em uma jornada criativa intensa que resultou em As Pequenas Grandes Coisas – seu sexto álbum de estúdio, e talvez o mais ousado e pessoal até aqui. Produzido por nomes como Marcelo Camelo, Paul Ralphes e até pelo próprio Vitor, o disco passeia por MPB, soul, funk e por uma gama extensa de gêneros e sonoridade – tudo costurado pela sua voz e violão inconfundíveis.

Com a sensibilidade de sempre, mas agora mais maduro e filosófico, Kley mergulha em temas como amor, propósito e o valor do cotidiano. Suas percepções acerca da vida ganharam corpo, até mesmo encontrando tempo para homenagear o pai e dividir vocais com o pensador Clóvis de Barros Filho.

Aproveitando o lançamento do novo álbum, nós do TMDQA! batemos um papo exclusivo com Vitor Kley sobre o processo criativo, as parcerias inusitadas e como ele aprendeu a enxergar a beleza das pequenas grandes coisas. Chega mais pra conferir!

Vitor Kley no Best of Blues and Rock 2025

Vale lembrar que Vitor Kley será uma das atrações do festival Best of Blues and Rock deste ano, que tem ainda no line-up nomes como Dave Matthews BandRichard Ashcroft (The Verve), Cachorro GrandeDeep Purple, Alice Cooper e Black Pantera.

Ainda há ingressos disponíveis, inclusive para o sábado (7), dia em que Vitor Kley se apresenta, e você pode garantir o seu clicando aqui. Você também pode ver o detalhe dos horários dos shows nesta matéria.

TMDQA! Entrevista Vitor Kley

TMDQA!: Opa, Vitor! Enorme prazer em falar contigo hoje. Queria te parabenizar pelo novo álbum, um projeto muito forte e rico em composições, sonoridade, etc. Você acredita que esse trabalho apresenta mais do Vitor enquanto pessoa, e não só como artista? Em que momento da sua vida e da sua carreira este álbum nasceu?

Vitor Kley: Pô, velho, acho que você mandou muito bem na escolha da palavra “íntimo”. Eu percebo que o amadurecimento e a preciosidade do tempo vão trazendo isso pra gente, né? A gente vai aprendendo a se expressar melhor, e acho que com o tempo também a gente passa a dar menos importância para algumas coisas que se importava quando era mais jovem.
As Pequenas Grandes Coisas surgem num momento em que eu também tenho mais certeza dos meus pensamentos, das minhas composições, como você disse. Tenho mais coragem de expor coisas da minha vida pessoal, até da minha família, situações que a gente vive… E eu acho que isso fica muito evidente no disco, e acaba sendo muito bonito.
É um caminho bonito para quem acompanha o meu trabalho, né? Eu vejo as pessoas que gostam do que faço como meus irmãos, sabe? [risos] É como se eu estivesse falando com meus brothers, saca?
Quando falo contigo, é como se eu estivesse abrindo o livro do meu coração pra quem me acompanha, né? E acho que As Pequenas Grandes Coisas tem esse algo a mais, essa evolução dos outros trabalhos, onde consegui achar talvez a forma mais verdadeira e direta de conversar com as pessoas sobre o que passa aqui dentro.

TMDQA!: Ao decorrer do projeto, nos deparamos com uma musicalidade expansiva, por mais que suas canções sejam caracteristicamente sutis. Fundindo gêneros, tendo a honra de participações super especiais, como você descreveria esse processo criativo e vontade em ousar com uma carreira tão longínqua? 

Vitor Kley: Putz, eu acho que a gente tá aqui no mundo pra sempre dar um passo a mais, sabe? E aí, pegando minhas obras de antes, eu vejo que esse lance da produção, da mixagem, de expandir novos universos, trazer o Clóvis de Barros, em vez de trazer uma banda ou outro artista… Essas coisas, de colocar arranjos diferentes, também é algo que eu queria muito fazer há muito tempo, tá ligado?
Esse processo começa quando eu saio de uma gravadora com a qual eu trabalhei por 10 anos, onde quase sempre produzia com a mesma pessoa. E aí eu senti a necessidade de explorar novas sonoridades, conhecer novas pessoas, sabe? E, cara, uma pessoa que não poderia ficar de fora dessa lista é o Marcelo Camelo. Produzir com o Marcelo foi, sem dúvida, uma experiência muito foda pra mim! Ter os arranjos dele e a maneira como ele vê minha música foi algo muito especial, p que eu acho que tem muito a ver com o que você acabou de falar, porque o próprio Marcelo disse: ‘Pô, você já tem uma parada muito no seu DNA, de canção, o refrão, o violão… Isso a gente não pode perder, mas eu acho que eu tenho uns temperos aqui, uma sofisticação que pode somar muito no seu trabalho.’
Eu acho que ele realmente trouxe isso nas faixas que ele produziu!
Também, como eu te falei, o amadurecimento da minha parte como produtor, assinar esse álbum como produtor, me jogar mais nesse universo da produção musical, trouxe uma riqueza muito grande pro álbum. Antes, tinha coisas que eu queria fazer, mas não sabia como. Agora, eu sabia o que eu queria, como fazer e até as pessoas com quem eu precisava falar, sabe? Então, essa riqueza musical que tem no álbum se deve muito a esse processo.
Sempre fui um cara que curte essas experimentações. Se eu fosse te falar uma faixa que, pra mim, define bem isso, acho que “Arco-Íris” é a música que eu nasci pra fazer! Tipo, o final ali, com metal, cordas, mudança harmônica… Aquele som ficou animal, né? A mudança harmônica e a bridge dela são bem malucas, tem pausa, tem volta. Eu fico feliz por ter conseguido fazer isso, tá ligado?
É algo que eu queria muito mostrar, esse outro lado do meu trabalho, mas talvez eu não soubesse como. Agora, com As Pequenas e Grandes Coisas, eu descobri como fazer. Acho que finalmente encontrei o pote de ouro! [risos]

TMDQA!: “As Pequenas Grandes Coisas”. O título do álbum é de certa forma direto, mas repleto de significado. Em que momento você percebeu que esse seria o nome certo para amarrar todas as músicas?

Vitor Kley: Caraca, mano, primeiramente obrigado por esse comentário – de verdade. Acho que quando a gente cria algo, sonha em receber uma resposta assim. E você captou exatamente a essência do nome As Pequenas Grandes Coisas.
Essa ideia nasceu num momento muito louco. Eu tava num avião, lidando com o fim de um ciclo, a saída da gravadora, toda a burocracia… e pensando nos próximos passos como artista independente. Sempre dei muito valor aos pequenos gestos: olhar no olho, conversar de verdade. E foi ali, em meio a esse turbilhão, que escrevi no bloco de notas do celular: As Pequenas Grandes Coisas.
Estava testando vários nomes pro álbum, mas quando li esse, senti na hora: “isso aqui é nome de filme, de livro… e agora vai ser o nome do meu disco.” Porque traduz não só o que essas músicas dizem, mas também o que eu quero provocar nas pessoas. Fiquei muito feliz com o seu comentário porque é exatamente esse impacto que eu quero causar: que quem ouça o disco sinta o peso e a beleza desse título – e leve isso pra vida.
O azul também veio forte no processo, antes mesmo do título. Pra mim, representa liberdade, leveza, novos horizontes… mas sem perder a essência. A capa é exatamente isso: sou eu olhando pra mim mesmo em versão pequena, com as sombras invertidas – como se dissesse visualmente tudo que o álbum quer passar.
Enfim, valeu demais pelo carinho. Eu também acho que As Pequenas Grandes Coisas é um baita título. E se Deus quiser, esse álbum vai tocar muita gente.

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TMDQA!: Ouvir o disco é praticamente mergulhar nas profundezas dos sentimentos e na filosofia de entender a vida tal como é. Houve algum desafio específico em transformar esses sentimentos em música?

Vitor Kley: Acho que o maior desafio desse disco tem muito a ver com isso. A faixa Vai Por Mim”, que tem participação do Clóvis de Barros, retrata minha visão sobre a depressão que meu pai enfrentava – uma doença que, sinceramente, não desejo pra ninguém, nem pra quem sofre, nem pra quem convive com alguém que sofre. É como se a vida perdesse o sentido.
Foi muito difícil gravar essa música. Na hora de cantar no estúdio, travava já na terceira frase, com nó na garganta. Compartilhar a música com o Marcelo também foi intenso – ela mexeu com memórias e dores pessoais dele, e percebi que isso acontecia com todo mundo que ouvia. Era um desafio técnico, mas principalmente emocional. A música, pra mim, era uma tentativa de curar meu pai de alguma forma.
Só que a vida é dura. A única oportunidade que tive de mostrar essa canção pra ele foi no velório. Foi a última chance. Isso mostra o quanto essa faixa carrega camadas profundas, assim como o álbum todo. Quando faço música, não é só por fazer – é pra tocar a alma, pra alcançar as profundezas de quem ouve. “Vai Por Mim” simboliza muito isso: perdas, coragem, fé no processo.
Teve também o desafio de seguir em frente depois da morte dele. Me perguntei várias vezes: “E agora? Sem meu pai por perto, será que continuo?” E escutava internamente como se ele dissesse: “Vai, filhão. Vai em frente. Essa música vai ajudar muita gente.” Isso me deu forças.
Além disso, teve a saída da gravadora, depois de 10 anos com pessoas que foram como família. Assumir a independência artística foi outra decisão difícil, mas necessária. No fim das contas, tudo nesse álbum tem alma. E quando tem alma, a chance de dar certo é muito maior.

TMDQA!: As pessoas podem até criticar negativamente, mas é inegável o fato que você contou com um time de peso para o projeto. Como foi trabalhar ao lado de Paul Ralphes, Giba Moojen, Marcelo Camelo e Felipe Vassão?

Vitor Kley: Era exatamente isso que eu queria transmitir, principalmente pra quem curte esse universo da produção musical. Quando saí da gravadora, fiquei pensando: “Cara, sempre produzi com a mesma pessoa… O que posso trazer de novo pro público agora?” Resolvi então trabalhar com vários produtores, em diferentes estúdios. A primeira pessoa que procurei foi o Paul Ralphes, porque gosto de ter uma direção artística forte. Ele já foi A&R de gravadora, trabalhou com nomes como Skank, Cidade Negra e Engenheiros do Hawaii. A gente já tinha se cruzado na faixa “Pupila“, e a conexão foi imediata.
Contei pra ele que queria diversidade musical e de arranjos no álbum. E ele teve uma sacada genial: pra manter uma unidade no disco, mesmo com vários produtores, a gente gravaria todos os violões e vozes com o mesmo microfone – o que a gente escolhesse no primeiro dia de estúdio. Isso virou o fio condutor do álbum. O resto, os produtores poderiam criar livremente.
Sobre o Marcelo Camelo, cara… foi um presente. Ele gravou “Vai Por Mim”, uma das músicas mais fortes da minha carreira, especialmente depois da partida do meu pai. O Marcelo tem um olhar muito sensível, profundo. Ele me perguntou com cuidado: “Você tem certeza que quer lançar essa música? É sobre algo tão pessoal…” Ele trouxe arranjos lindos com cordas, metais, e aquele DNA dele com guitarras reverberadas, trêmulo, aquele clima meio anos 50. Foi incrível.
Outros produtores também foram fundamentais. O Felipe Vassão, por exemplo, produziu Arco-íris”, minha faixa favorita do disco, e que encerra o álbum com força. Já o Giba Moojen, um parceiro de longa data (desde a época em que eu gravava jingles em 2014), também participou. Trouxe ele de volta justamente por isso: pra conectar o presente com a minha trajetória.
E o Paul, além de diretor artístico, é praticamente o mestre por trás desse quebra-cabeça todo. Ele ajudou a dar forma ao que hoje são As Pequenas Grandes Coisas.

TMDQA!: Durante a composição e gravação, teve alguma epifania – musical ou emocional – que ficou marcada pra você? 

Vitor Kley: Cara, “epifania” é uma palavra bonita, né? Puta que pariu [risos] Se for para falar de um momento assim, que me marcou profundamente, foi ouvindo “Arco-Íris”, a última faixa do álbum. Toda vez que ela toca, meu corpo reage fisicamente, como se eu tivesse encontrado o pote de ouro no fim do arco. É como se tudo fizesse sentido. Eu nasci pra fazer um som assim.
Essa música representa um ápice. Depois de passar por todas as outras faixas, ela vem e dá aquela sensação de missão cumprida – o sentido da vida, o sentido do álbum. Quando ouço, sinto uma vontade absurda de sair correndo, abraçar as pessoas, dizer o quanto eu as amo. É uma resposta emocional real, intensa.
Lembro com muito carinho do dia em que o Vassão ouviu essa faixa no estúdio. Tenho até um vídeo dele reagindo – batendo cabeça, sentindo cada nota como se fosse algo de outro plano. Gravamos a pré dessa música e era algo cru, verdadeiro, mágico.
E é isso que eu quero que as pessoas sintam ao ouvir o álbum: que ele comece com alegria, metais vibrando, e de repente entre num bolero, num beat de bossa nova, num solo de violão de nylon que aparece do nada. Que, quandoVai Por Mim” tocar, a pessoa chore, tenha vontade de ligar pro pai, de reatar laços. E quando “Arco-Íris” vier, que ela sinta vontade de gritar: “Eu sou assim, e amo ser assim!”
Foi exatamente esse tipo de emoção que a gente viveu durante a construção desse disco.

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TMDQA!: Em um mundo acelerado, cheio de ruídos, lançar um álbum que celebra o simples e o cotidiano é quase um manifesto. Você enxerga esse disco também como um convite à desaceleração, à busca de autocuidado e mais?

Vitor Kley: Cara, eu considero, sim. E acho que você usou a palavra certa: “autocuidado”.
Na audição com os fãs, falei bastante sobre isso. Não quero mais ver ninguém passar pelo que vi com meu pai. Não quero ouvir relatos de pessoas que têm alguém assim em casa. Se esse álbum puder ser uma luz no fim desse túnel, que seja. De verdade.
O mundo está muito veloz, e talvez por isso eu tenha levado tanto tempo para construir esse disco. Eu não entendo esse ritmo apressado, essa superficialidade. Isso não faz parte da minha vida nem da minha filosofia. Esse álbum é para quem estiver de peito aberto e, mesmo no meio desse caos todo, conseguir encontrar um respiro. Se isso acontecer, já vou me sentir realizado. A missão estará cumprida.
E se for além – se isso virar uma filosofia pessoal de quem ouve -, vou ser imensamente feliz. Porque, sinceramente, não acho que o mundo esteja evoluindo com tanta pressa e barulho. Pelo contrário. Acho que a gente está se afastando do que realmente importa.
Para mim, as grandes coisas não têm a ver com status. Elas têm a ver com respeito, com enxergar o outro, com sensibilidade. Gente grande é quem sabe disso.

TMDQA!: Com toda essa busca de renovação, o que os fãs podem esperar de novo de Vitor Kley além dessas novas faixas inéditas para desfrutarem?

Vitor Kley: O público pode esperar muito mais da minha mão em tudo – na produção, no conceito artístico, em cada detalhe mesmo.
Nas Pequenas Grandes Coisas, a gente conseguiu amarrar tudo com muito cuidado: desde os teasers lançados aos poucos, até as trocas de cores, as roupas jeans feitas com retalhos reaproveitados por uma marca de upcycling – peças que vinham até da minha própria família, da minha mãe, do meu pai. Eu estive envolvido em cada etapa.
Quem acompanha meu trabalho vai sentir isso ainda mais presente. Também venho me aprofundando em questões mais filosóficas, lendo mais, ouvindo podcasts como o da Luciana Galvão, do professor Clóvis… E tudo isso vai naturalmente aparecendo nas minhas criações. Percebi que isso tocou muito o público nas audições do álbum.
E claro, já podem esperar a turnê de Pequenas Grandes Coisas, que começou no sábado, um dia depois do lançamento do disco. A gente passou por Niterói, depois segue para Portugal e para outras cidades da Europa. E sim, vai chegar a São Paulo, Porto Alegre e a vários outros cantos do Brasil. A turnê está linda, muito azul.
Em breve também vamos lançar um clipe – e acho que vai dar o que falar. Escolhemos uma faixa que tem uma sonoridade única, misturando bolero, bossa nova e beat. Mas estamos esperando um pouco para que as pessoas mergulhem no álbum como um todo antes de focar nessa música em especial.
É isso. Esse projeto tem fôlego. Vai ter longa vida.

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TMDQA!: Vitor, eu sempre costumo perguntar aos artistas o que eles acabam escutando no dia a dia, nem necessariamente algo que influencie no processo criativo de vocês, sabe? O que você pode compartilhar de bom aí conosco?

Vitor Kley: Cara, ultimamente tenho ouvido muito CA7RIEL & PACO AMOROSO — eles são bons demais! Vi o show deles no Lolla e fiquei impressionado, foi absurdo. Também tenho escutado bastante Jorge Drexler, que inclusive foi uma grande referência para Pequenas Grandes Coisas.
Outros nomes que têm me inspirado são Fleetwood Mac e The War on Drugs. Na música brasileira, tenho mergulhado pesado em Jorge Ben Jor, Caetano Veloso e, principalmente, Gilberto Gil – estou me aprofundando cada vez mais na obra dele.
Recentemente ouvi uma releitura linda da Elis Regina cantando “Para Lennon e McCartney”, do Milton Nascimento. A produção parecia mais atual, talvez seja uma remasterização ou uma regravação, mas me pegou de um jeito muito forte.
Essas têm sido as minhas principais referências no momento. [risos]

TMDQA!: E claro, mais uma pergunta tradicional ao fim: Tendo em vista o nome do nosso veículo, vocês também consideram ter mais discos do que amigos? E se pudesse escolher um álbum para te definir, qual seria?

Vitor Kley: Caraca, que baita pergunta! E já que estamos no final, queria aproveitar pra dizer que sou muito fã do trabalho de vocês, acompanho sempre o Tenho Mais Discos Que Amigos. Vi a entrevista com o Terno Rei, eu li inteira! Acabaram de lançar Nenhuma Estrela, que disco incrível.
Sobre discos marcantes, tenho vários vinis em casa, mas se tem um que me define, é Breakfast in America, do Supertramp. Fiquei na dúvida entre esse e o Crime Of The Century – que é mais denso, mais “dark side” -mas o Breakfast tem uma energia mais colorida, mais vibrante, que combina mais comigo.
Foi nesse disco que ouvi meu primeiro solo de saxofone, e aquilo me marcou demais. Lembro de pedir pro meu pai voltar o trecho várias vezes só pra ouvir o solo de novo. Ele até reclamava que ia riscar o disco, mas voltava assim mesmo. Então, esse álbum é especial não só pela música, mas pela memória afetiva com meu pai – ele me moldou também como artista.

TMDQA!: Vitor, mais uma vez, muito obrigado pelo tempo e pelo papo. Sucesso com o lançamento, até a próxima!

Vitor Kley: A gente se vê por aí, bora se trombar em um show! Valeu demais!

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Eduardo Ferreira

TMDQA! Entrevista: Vitor Kley e a grandeza de “As Pequenas Grandes Coisas”


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